[pt] EM METALUGARES: ORIGEM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: IRLIM CORRÊA LIMA JÚNIOR
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50229&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50229&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50229
Resumo: [pt] A forma desta tese é a de um longo ensaio filosófico. Ela atravessa o circuito das eras do pensamento metafísico, tendo por questão nuclear o que nela se define pelo conceito de metalugar. O termo metalugar, presente no título do trabalho, remete a uma estrutura labiríntica, ou melhor, à forma de um palíndromo feito não com letras, mas com signos e ideias cuja escrita e articulação convidam a travessias de pensamento pelo âmago de cada era metafísica. A escrita que se desenvolve nesse ensaio excursiona por giros especulativos e possui como inspiração o escudo de Aquiles, artefato e, também ele, uma espécie de metalugar, cuja fabricação pelas mãos do deus Hefesto, na Ilíada, inaugura no Ocidente uma imagem-concepção de mundo. A tese desenha-se na similitude do escudo heféstico, plasmada para pensar forças que imperaram metafísicamente desde as origens do Ocidente, desenhando mundos (ou melhor, eventos) que com base nelas se definiram. Compõe-se de três capítulos: 1) Khôra, metalugar onde a phýsis ganha os traços que lhe dão contornos inteligíveis; 2) Díesis, metalugar de onde emerge o absoluto, onde se inscreve a dúplice composição da natura e da subjetividade; 3) Sýnkhysis, metalugar onde se verte a tradução de Babel em caos turbilhonante da produção das diferenças. A khôra de égide platônica, a díesis de égide cartesiana e a sýnkhysis de égide babélica formam uma tríade dos metalugares. A estruturação triádica da tese, em três capítulos, não se dá por acaso. Corresponde à intuição de que cada era da metafísica vem a ser dominada por um metalugar. Cada era desenha-se sobre a superfície de um metalugar e a ela corresponde a criação de um nome. O nome é como se fosse um escudo. A tese é, em outras palavras, um metalugar que cria nomes de metalugares, a partir dos quais se fiam os conceitos fundamentais que urdem cada era. O metalugar é, em suma, onde se desenha o evento de uma era, o útero de onde se dá a eclosão do seu ser e seu devir.