[pt] O PROBLEMA DO TEMPO EM OS DETETIVES SELVAGENS, DE ROBERTO BOLAÑO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: CAIO MARQUES PECANHA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=65782&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=65782&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.65782
Resumo: [pt] Essa dissertação defende a tese de que há três sentidos principais em que figura o problema do tempo no livro Os detetives selvagens (2006), de Roberto Bolaño. O tempo do retorno, o tempo da polifonia e o tempo da construção. Ao menos desde a célebre formulação de Gyorg Lukács, segundo quem, dada a separação entre sentido e vida, toda a ação interna do romance talvez pudesse ser lida como uma luta contra o poder do tempo, revelando-o como princípio constitutivo da forma, o tema é incontornável no debate sobre a forma romance. Constituído por três eixos, sendo o intermediário um conjunto de entrevistas recolhidas ao longo de um período de vinte anos (1976-96), e os restantes anotações pessoais - em forma diário - do jovem poeta Juan García Madero, que compreendem os últimos meses de 1975 e os primeiros de 1976, o livro escrito por Roberto Bolaño toma forma às custas das aproximações e distanciamentos entre as histórias, bem como através da ordenação temporal heterodoxa e multifacetada, objeto de nosso estudo, que assim pretende abordar filosoficamente – através de autores como Lukács, Adorno e Rancière – a literatura de Os detetives selvagens, de Bolaño.