[pt] OS RUMOS DA CIDADANIA DAS PESSOAS ATINGIDAS PELA HANSENÍASE: UMA ANÁLISE DO PAPEL DO MORHAN NO CONTEXTO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15731&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15731&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15731 |
Resumo: | [pt] O objetivo deste estudo foi discutir a trajetória da luta pela garantia dos direitos de cidadania das pessoas atingidas pela hanseníase, empreendida pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, o Morhan, tendo como referência analítica o trabalho clássico de José Murilo de Caravalho sobre a construção dos direitos de cidadania no Brasil. A relevância acadêmica da investigação está em estudar um movimento social com as características do Morhan, predominantemente urbano, de abrangência nacional e representando forças sociais marginalizadas e, por que não dizer, estigmatizadas na sociedade brasileira. Além disso, o trabalho procura discutir a capacidade de mobilização e de articulação de um grupo social na luta pelos direitos civis, políticos e, mais especialmente, sociais, aspecto ainda recente na história política do país. Contudo a abordagem de um movimento social com tal magnitude está para além da necessidade de se descrever uma forma de se manifestar de um estrato da sociedade brasileira, mas é sem dúvida uma obrigação dos diferentes campos do saber tentar captar efeitos que estão e estarão no futuro, para muito além da história oficial, mas em essência na memória sofrida dessas pessoas, e que está fadada ao esquecimento, principalmente, porque infelizmente as pessoas que viveram o isolamento compulsório e que são a memória viva das adversidades provocadas por uma política higienista inconseqüênte, estão morrendo. Foi um grande desafio realizar um trabalho como esse, pois precisamos tentar descrever e analisar a organização de uma associação de pessoas em prol de uma causa, e que essa causa antes de qualquer ideal, tinha como premissa básica a simples preservação da vida, e hoje cerca de duas décadas depois da criação dessa organização, além dessas pessoas marcarem suas posições como cidadãos brasileiros por afirmação, ainda colecionam conquistas que as tornou visíveis em diferentes países do mundo. Como conclusão podemos dizer que o Morhan é majoritariamente um movimento social urbano, que tem sua trajetória marcada pela luta por direitos de cidadania das pessoas atingidas pela hanseníase. Essa luta tem maior ênfase no campo dos direitos sociais, pois em nossa viagem pelo tempo e espaço do Morhan essa luta é mais recente, mas também a mais intensa. Não que o movimento não ansiasse pelos direitos sociais desde o inicio de sua trajetória, mas em nossa pesquisa documental, só conseguimos perceber a materialização desta luta por direitos sociais no período mais recente. Mais precisamente do fim da década de 1990 aos dias atuais. Ademais, é importante ressaltar que para nossa surpresa, os outros direitos, civis e políticos, também tiveram destaque na trajetória de luta do Morhan, principalmente os direitos políticos. Fato este que nos permitiu perceber que um movimento social como o Morhan aponta para uma vitalidade da sociedade brasileira em sua luta por direitos. |