[pt] PARA AONDE VAMOS? CRISE E DEMOCRACIA NO GOVERNO JOÃO GOULART

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: PABLO DE OLIVEIRA DE MATTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16820&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16820&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16820
Resumo: [pt] Este trabalho busca refletir sobre o conceito de democracia construído no idioma político de alguns jornais no período do governo de João Goulart e suas relações com o entendimento da crise vivenciada por seus atores. No pós-Segunda Guerra Mundial a democracia representativa emerge como um valor “Ocidental” em oposição ao comunismo Oriental e soviético. No Brasil, o embate entre, de um lado, uma democracia representativa comprometida com a contenção da participação política para além dos limites eleitorais e, de outro, reivindicações por uma ampliação da participação democrática e modificações nas estruturas sociais, políticas e econômicas será vinculado a esta oposição. O processo de democratização e a entrada de um contingente expressivo de eleitores marcam profundamente o debate político. A democracia representativa é significada como única alternativa política viável em oposição à agitação e corrupção comunista, identificadas à ampliação da participação política. À medida que estas reivindicações se avolumavam e o espectro político-partidário se diversificava, este idioma político atuava na moralização da política e na construção de uma cultura política autoritária, apartidária, despolitizada e anticomunista. A análise também procura refletir sobre a estrutura argumentativa deste contexto lingüístico, marcada pelo dualismo entre moral e política, e suas relações com o desfecho da experiência democrática brasileira.