[pt] A INTERCULTURALIDADE NO ENSINO DE ARTES VISUAIS DO COLÉGIO PEDRO II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: WILSON CARDOSO JUNIOR
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31563&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=31563&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.31563
Resumo: [pt] O presente trabalho teve por objetivo conhecer concepções e práticas voltadas para a promoção do ensino intercultural de Artes Visuais na educação escolar. Ele partiu do entendimento da ancoragem histórico-social da ideia de arte hegemônica que tem produzido a inexistência das artes dos povos subalternizados historicamente por processos de outrificação e periferização que as confina ao passado da história da arte. O referencial teórico articula os conceitos de interculturalidade crítica (WALSH, 2009, 2011), a concepção de educação intercultural crítica (CANDAU, 2006, 2009a, 2009b, 2014, 2016) e a ecologia de saberes (SANTOS, 2006, 2008, 2010) em interlocução com as concepções de ensino de Artes Visuais pós-modernista (BARBOSA, 1981, 1998, 2002, 2005), ensino intercultural de artes (RICHTER, 2002, 2003, 2008; MASON, 2000), currículo integrado e disciplina mal estruturada (PARSONS, 2005) e arte pós-autônoma (CANCLINI, 2012). Foi realizado um estudo de caso sobre a interculturalidade e o ensino de Artes Visuais no Colégio Pedro II utilizando principalmente entrevistas semi-estruturadas. Os resultados apontam para a existência de um ensino de artes out of the box, baseado nos conceitos de arte como experiência e arte em campo expandido, que vem investindo na interculturalidade como princípio epistemológico a partir da conjugação das práticas de atelier com histórias de vida dos/as alunos/as; do currículo por eixos temáticos contaminado pela arte contemporânea e a arte popular, com ênfase nas artes indígenas, africanas e afro-brasileira; da formação docente continuada em serviço com foco nas noções de professor/a-pesquisador/a e professor/a-curador/a; do ensino de Artes Visuais antirracista articulado com a identidade cultural de seus/suas praticantes. Essa perspectiva articula-se com as demandas por justiça cognitiva para uma educação digna e tem colocado em questão o conceito de qualidade do ensino de Artes Visuais presidido pela história da arte de raiz única - linear e eurocêntrica.