A nódoa da misoginia na naturalização da violência de gênero: Mulheres Pentecostais e Carismáticas.
Ano de defesa: | 2001 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/963 |
Resumo: | Esta dissertação aborda a representação social da violência conjugal/doméstica, para mulheres que vivem este fenômeno e participam das expressões religiosas cristãs: pentecostais e carismática católica; movimentos religiosos contemporâneos, que reproduzem em seus discursos, a nódoa da misoginia, uma herança cultural, refletida na submissão feminina, onde se instala a culpa. A violência é entendida neste trabalho como resultado das relações de gênero, historicamente hierarquizadas e naturalizadas. As atoras desta investigação só saíram do silêncio submisso, quando se viram ameaçadas de perder, ou quando de fato perderam o marido agressor ou o patrimônio da família. Nestas situações, a sua fé religiosa se converte em rebeldia, levando-a à denúncia na Delegacia de Polícia após anos de reclusão familiar violenta. Como sujeito que se constitui pela heteronomia, a reação feminina se apresenta no momento em que ela não tem mais para quem dar seu amor incondicional e sua dedicação cotidiana. Na dor da perda, o amor se subverte e se revela em luta, enquanto vetor da subjetividade feminina para a vida social. Neste processo a mesma experiência religiosa, justificadora para a mulher de sua condição social desprivilegiada, representa para ela força e poder, no processo da denúncia da violência. |