A EVOLUÇÃO DO AGRONEGÓCIO EM GOIÁS: As transformações e consequências sociais de 1970 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lima, Pedro Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Exatas e da Terra
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Desenvolvimento e Planejamento Territorial
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2788
Resumo: A partir da Revolução Verde ocorrida no mundo, e especialmente a partir dos anos 1970 no Brasil, com a utilização de máquinas e produtos químicos, ocorreu mudanças na agricultura mundial e nacional. Novas áreas foram ocupadas no Brasil, abrindo novas fronteiras para a agricultura, que passou a conceber novas culturas. Este trabalho visa mostrar as transformações ocorridas no Cerrado goiano a partir da interferência do Estado na agricultura, que com programas, investimentos, pesquisas e tecnologia que permitiu a criação do grande negócio para atender ao mercado sulino e externo. O foco é mostrar que em conseqüência ocorreu crescimento econômico sem desenvolvimento econômico. A pesquisa demonstra que se trata de um modelo agrícola insustentável na questão socioambiental, com contradição entre os índices de crescimento econômico e os de desenvolvimento social. Tratou-se de uma modernização conservadora, concentrando ainda mais as terras e a renda da região. Ocorreu a urbanização das cidades com o êxodo rural, onde a população excluída do campo mudou-se para as grandes cidades, aumentando a pobreza e miséria nos centros urbanos. Como consequência, houve a ocorrência de crescimento econômico, com aumento do PIB e da Balança Comercial do Estado de Goiás, sem que houvesse desenvolvimento econômico. Ou seja, o modelo agrícola implantado trouxe consigo um ônus social e ambiental. Para responder a esses ônus sociais foram estudados os 10 municípios com maiores VA agropecuários de 2008, com base nos Censos de 2000 e 2010, onde se pôde observar a ocorrência do êxodo rural em todos, e que não houve aumento da pobreza, pois a renda média desses municípios foi crescente, sendo a renda urbana superior a rural, com algumas exceções. A idade da população rural acima de 50 anos foi crescente, com o jovem indo para os centros urbanos. Na totalidade dos municípios o emprego informal é superior a 40%, sendo superior a 50% em alguns deles. E, os ônus ambientais observados é quanto à destruição das nascentes dos rios, a solidificação dos solos, a utilização indiscriminada das águas, entre outros. Trata-se de uma abordagem histórica com utilização de materiais já publicados isoladamente, que serão reunidos de forma que possa obter uma visão com maior abrangência desse contexto.