Sem Deus, somos nada: representações religiosas na educação infantil de Itaberaí-go

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Scolaro, Silvia Alves Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4475
Resumo: Este estudo, inscrito na linha de pesquisa Cultura e Sistema Simbólico, busca apreender a visão religiosa apresentada na educação infantil, em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e uma escola municipal no município de Itaberaí-GO. A proposta é investigar, por meio de uma análise do habitus (BOURDIEU, 1983), como a atuação das educadoras e educadores é orientada por elementos religiosos no ambiente escolar e orientam suas ações pedagógicas no processo de formação e desenvolvimento das crianças de educação infantil. A hipótese é de que os conhecimentos apreendidos durante o processo de formação dos docentes em nível superior podem não ser suficientes para substituir aquelas práticas (religiosas) vivenciadas no início da vida das professoras, e que passaram a constituir seus habitus. Isso significa, que, embora aprendendo a lógica da pedagogia, as didáticas de ensino e a noção de laicidade, o habitus religioso que as constituiu identitariamente, ao longo de sua trajetória de vida, não foi substituído pelo habitus da pedagogia, pelo menos não integralmente. Logo, a religião se faz presente no processo educacional como componente de um “currículo oculto”. Este estudo foi balizado nos pressupostos de Pierre Félix Bourdieu (1983) que busca superar tanto o objetivismo quanto o subjetivismo, a partir de um estruturalismo construtivista. Desse modo, metodologicamente os dados foram coletados por meio da História de Vida e observação participante, para conhecer as trajetórias individuais e profissionais dos professores e professoras das referidas escolas, utilizou-se a análise do discurso para interpretar as narrativas atribuídas pelos agentes da pesquisa às representações sociais vinculadas ao fenômeno religioso e sua relação com o processo educacional, além disso, foi feito o levantamento histórico, por meio de revisão da literatura, do processo de secularização e laicização da educação, a fim de compreender como se estrutura o campo educacional brasileiro, tanto no âmbito de formação de professores, quanto no tocante às diretrizes da educação infantil.