Habitus professoral na educação tecnológica: ser professor, funções docentes exercidas e ato de ensinar na educação superior brasileira
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/700 |
Resumo: | Esta tese, integrante da Linha de Pesquisa Educação, Sociedade e Cultura, interroga um recorrente discurso político-pedagógico de que existe um perfil para o exercício da docência na educação profissional. Se verdadeiro, este discurso preconiza a existência de outros modos de ser docente exigidos pelos demais formatos curriculares como bacharelados, licenciaturas, seqüenciais e à distância. A identidade profissional docente é compreendida, nesta investigação, como expressão teórica e prática do Habitus Professoral aportado nas contribuições teóricas advindas de Bourdieu (1983), Nóvoa, (1997), Tardif (2010), Thompson (1981), Benedito e Outros (1995). A Educação Superior contemporânea está configurada como um campo complexo e diversificado de formatos organizacionais institucionais e curriculares. A modalidade Tecnológica, nas duas últimas décadas no Brasil, tem tido destaque e efetividade das políticas educacionais. Os processos de expansão da Educação Superior no Brasil, desde a aprovação da Lei nº 5.540/68, perpassaram todas as décadas subseqüentes, ampliando as ofertas de serviços/direitos educacionais: novas instituições, cursos, modalidades, turnos e pela interiorização, sem que houvesse nos dispositivos de expansão alguma preocupação e/ou recomendação para a formação profissional acadêmica dos docentes. Fontes documentais analisadas comprovam inequivocamente um total silenciamento acerca da formação profissional da docência universitária. Contraditoriamente, têm sido várias as competências e habilidades requeridas num universo de saberes e experiências: prático, pesquisador, crítico, criativo, empreendedor e reflexivo. Metodologicamente optou-se por uma pesquisa de caráter crítico-qualitativo, pautada no conceito teórico orientador Habitus Professoral possível de ser apreendido, dentre outros, com três disposições e indicadores culturais e de práticas: Modo de Ser Professor (procedimento: questionário), as Funções Docentes Exercidas (procedimento: questionário) e o Ato de Ensinar na Sala de Aula (procedimento: observações não participantes). A amostra foi estruturada em três grupos: 1) Universidade (foco em cursos de Bacharelado, 5 professores), 2) Centro Universitário ou Faculdade (foco nos cursos de Licenciaturas, 5 professores) e 3) IFET (foco nos cursos tecnológicos, 5 professores). Descreve e analisa a diversidade de Habitus Professorais, com vistas a apreendê-los em suas semelhanças e diferenças, que possam ou não sustentar os discursos pedagógicos, ritualizados nos espaços e na cultura escolar da Educação Profissional. Constataram-se tênues especificidades no que diz respeito ao Habitus Professoral dos 15 professores protagonistas desta investigação. No entanto, isto não foi suficiente para sustentar a premissa que advoga a existência de Habitus Professorais singulares, e em decorrência, um Habitus Professoral próprio da Educação Superior Tecnológica. Estas configurações devem ser entendidas como uma relação de homologia: Bourdieu (2009), isto é, de diversidade na homogeneidade, refletindo a diversidade na homogeneidade característica de suas condições sociais de produção. |