PERSPECTIVAS DE MULHERES QUE VIVENCIARAM O ABORTAMENTO.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Torres, Maria Madalena de Souza Matos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2949
Resumo: Apesar das mudanças sociais advindas das lutas feministas, ser mãe ainda faz parte da realização de vida da maioria das mulheres. Sem ela não há continuidade da família. Diante disso, vê-se a maternidade como possibilidade de vida. Quando se frustra essa condição, em decorrência do abortamento, sérias consequências emocionais podem se gerar e uma nova gestação, possivelmente, tornar-se-á delicada. Este estudo teve como objetivo desvelar os significados e sentimentos vivenciados pelas mulheres diante de uma experiência de abortamento no município de Barreiras, Bahia. Optou-se por um estudo qualitativo, descritivo com análise fenomenológica. A amostra compreendeu dez mulheres, que vivenciaram o abortamento, independentemente das causas. A coleta de dados se fez a partir de entrevista semiestruturada. As mulheres relataram a experiência do abortamento como uma vivência ruim, momento difícil e complicado, permeado por sentimentos de incompetência, culpa, vazio na alma, luto, frustração, tristeza, decepção, fracasso, medo, angústia, negação, vergonha e resiliência. O sentir-se cuidada mesclou-se pela ambiguidade entre a atenção recebida, a boa assistência, cercada por pessoas competentes, carinhosas e os sentimentos de preconceito, discriminação quanto à etiologia do aborto e falta de acolhimento e humanização. Os resultados evidenciam necessidade de mudanças no cuidar do Ser em sua individualidade e singularidade, no acolhimento e olhar humanizados. Os profissionais necessitam despir-se de seus preconceitos e valores quando cuidam do outro. A academia precisa inserir valores humanos de compaixão, amor e carinho pelo usuário cuidado. Nós, professores, devemos ser multiplicadores desses valores, participantes de um programa de educação permanente direcionada aos profissionais em campos de prática. O sistema de saúde deve averiguar lacunas existentes na rede de serviço, tendo em vista a qualidade da assistência.