A GESTÃO NA UNIVERSIDADE ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA COM BASE NA TEORIA DA ATIVIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rabelo, Rafael Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1240
Resumo: Esta pesquisa parte do pressuposto de que o trabalho humano que se realiza numa instituição escolar de ensino superior tem como um dos elementos essenciais a gestão. A questão que norteou a pesquisa foi: como pode ser caracterizada a gestão na universidade numa compreensão baseada na teoria da atividade? A relevância de se investigar esta questão evidencia-se na contribuição que traz para se compreender a gestão na universidade como um sistema de atividades, seus elementos e suas contradições. Optou-se pela pesquisa bibliográfica, fundamentada principalmente na teoria da atividade formulada por A. N. Leontiev e ampliada por Y. Engeström. O objetivo geral foi caracterizar a gestão na universidade a partir de uma análise baseada nos conceitos dessa teoria, principalmente o conceito de sistema de atividades. No entanto, verificou-se uma contradição essencial expressa nos seguintes elementos: - as universidades brasileiras, em especial as públicas, ainda hoje utilizam o modelo de gestão racional e burocrático empresarial, cujos principais objetivos são o rendimento e a eficiência, preparando os egressos para o mercado de trabalho; - esse modelo de gestão, todavia, já não consegue responder às necessidades da sociedade capitalista contemporânea; considerando-se o modelo de gestão burocrático das universidades e o Sistema de Atividade proposto por Engestrom, tem-se dentro da universidade um sistema de atividades simultâneas e interligadas que se entrecruzam para atingir determinados resultados; - a contradição gerada por esse modelo faz com que se perca sua própria essência de gestão, uma vez que, no interior da instituição, as atividades se separam conforme departamentos específicos, colocando os sujeitos em condições de trabalho que os isolam uns dos outros e dos objetivos comuns da instituição. Conclui-se que se faz necessário que a universidade brasileira busque mudanças e transformações em sua estrutura organizacional e em seu modo de gestão a partir de outros modelos, sobretudo no tocante à construção de um modelo democrático de gestão.