MICHEL FOUCAULT: A SOCIEDADE PUNITIVA E A EDUCAÇÃO
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3844 |
Resumo: | Este trabalho fundamenta-se numa pesquisa bibliográfica, tendo como principal referencial teórico as pesquisas do francês Michel Foucault. Nesse sentido, ela procura compreender as contribuições trazidas pela obra Vigiar e Punir (2013b), bem como outros por estudos que tratam da sociedade disciplinar, com vistas ao entendimento dos discursos e práticas existentes nas instituições educativas contemporâneas. Para tanto, ela foi desenvolvida em três capítulos. O primeiro capítulo busca estabelecer uma relação entre a natureza das pesquisas tanto arqueológicas como genealógicas deste filósofo com a temática da investigação, procurando pontuar em que bases epistemológicas Foucault assenta seus estudos do ponto de vista histórico, fato que ocupa posição marcante em suas produções. Além disso, este capítulo tenta apreender o processo de busca pela verdade, a partir da história de Édipo, evidenciando a história do pensamento jurídico e, consequentemente, as formas de investigação e punição daqueles que não seguiam as leis na perspectiva do direito grego, finalizando com algumas pontuações sobre o inquérito. O segundo capítulo dedica-se à elaborar uma reflexão sobre alguns trabalhos de Foucault em torno do tema acerca da sociedade disciplinar, partindo da premissa de que não existe a possibilidade de uma sociedade sem punição e controle. Percorrendo as mudanças no tratamento do corpo, desde o suplício de Damiens até a adoção do aprisionamento como regime punitivo universal, infere-se que as práticas de vigilância e de controle (panoptismo) estão presentes em todas as instituições e não são novas, preexistem pelo menos desde a Idade Clássica, não se distanciando dos discursos da educação. O último capítulo apresenta a obra Emílio ou da Educação (ROUSSEAU, 2017) como um testemunho da sociedade disciplinar, demostrando que o ideal de “liberdade” presente nesta obra é paradoxal. Por fim, conclui-se deduzindo que nos discursos da educação estão contidos elementos da Idade Clássica, não havendo, por isso, quaisquer novidades, porquanto na educação moderna encontram-se discursos e saberes que colaboram para a transformação dos sujeitos em indivíduos úteis e dóceis aos sistemas produtivos. |