SULISTAS EM MINEIROS: A RECRIAÇÃO DA IDENTIDADE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Sandri, Sandra Mara D'avila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas e da Terra
BR
PUC Goiás
História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2251
Resumo: Esta dissertação tem como objeto de análise a imigração sulista que se manifesta em Mineiros, GO, a partir de um olhar revelador sobre a recriação de sua identidade. Sulistas provenientes de colônias de imigrantes europeus italianos e alemães adotaram, em Mineiros, a cultura do tradicionalismo gaúcho, que não cultuavam em seu espaço de origem, tornando-se gaúchos em terras goianas. A análise busca a dinâmica do processo que motivou a recriação identitária em um processo de reterritorialização desenvolvido a partir da oposição ao estabelecido, gerando preconceitos e estigmas. Busca também a percepção de uma releitura sobre a cultura gaúcha, cultura essa eivada de novas tonalidades, na medida em que há uma identificação gaúcha e também a recriação de uma cultura gaúcha. Na investigação feita para este estudo, procura-se responder, fundamentalmente, à seguinte questão: que razões motivaram o fenômeno sulista de tornar-se gaúcho em Mineiros? Após uma contextualização da realidade rio-grandense identificando a cultura imigrante européia e a cultura gaúcha, investigam-se as razões da imigração para Goiás. Continuando, destacam-se as dificuldades do sulista quanto à adaptabilidade e os desafios de conviver com o estabelecido e de criar seu próprio espaço. Na busca pela auto-afirmação em um espaço cuja sociedade já se encontra organizada, os sulistas reorganizam-se para conseguir coesão grupal e, para isso, reelaboram a sua própria identidade. Para atingir os objetivos propostos, adotou-se, como referencial teórico, o modelo de análise denominado Estabelecidos e Outsiders, de autoria de Norbert Elias, além de um estudo identitário acerca dos conceitos de identidade a partir de Hall, Castells, Hobsbawm, Albuquerque Junior, entre outros. Houve a necessidade, assim, do desenvolvimento de estudos sobre a formação de preconceitos, estigmas e disputas pelo poder. A síntese da relação estabelecidos e outsiders conclui a análise, na qual se apresenta Mineiros antes e depois dos outsiders (sulistas), bem como a persistência da disputa no campo político, em que as razões da formulação da nova identidade dos sulistas servem como causa e efeito.