Transformações das religiosidades negras no Brasil : a contribuição da umbanda iniciática em Francisco Rivas Neto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pontes, Guilherme de Sá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4838
Resumo: Parte-se da hipótese de que a chamada umbanda iniciática é uma nova experiência religiosa desenvolvida a partir de uma releitura da umbanda esotérica realizada por Francisco Rivas Neto, discípulo de Woodrow Wilson da Matta e Silva e fundador da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU). A umbanda seria um fenômeno religioso de origem angolana e que teria se apresentado de múltiplas formas a partir de processos sincréticos. Elegeu-se, como principal referencial teórico para esta pesquisa fenomenológica da religião, José Severino Croatto e Sidnei Nogueira. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, que contemplou a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos e materiais audiovisuais. A partir de uma abordagem histórica e antropológica, buscou-se resgatar a origem da umbanda a partir da constituição das religiões afro-brasileiras, em um complexo processo sincrético que evidencia o racismo estrutural secular existente, até a releitura da umbanda esotérica, que resultaria na umbanda iniciática. A discussão se deu a partir de quatro temas centrais, que deram condições para verificar a hipótese da dissertação: religiões afro-brasileiras, eurocentrismo, racismo religioso e sincretismo. Para a leitura e análise dos textos estabeleceu-se previamente alguns marcadores: conceituação de religiões afro-brasileiras e ensaio de abordagem de suas expressões; introdução das matrizes formadoras das religiões afro-brasileiras; sincretismo e racismo religioso; nascimento da umbanda brasileira a partir do projeto nacional eugenista; umbanda branca; umbanda esotérica; umbanda iniciática. Ao final, confirmou-se a hipótese proposta, esclarecendo o contexto em que a experiência religiosa da umbanda iniciática surgiu a partir da necessidade de rever anacronismos nos mitos e ritos da umbanda esotérica, escoimando do seu seio o machismo, o racismo, a LGBTfobia, a intolerância religiosa e a misoginia existentes para apresentar uma vivência religiosa inclusiva, verdadeiramente universalista, que atenda aos anseios da sociedade contemporânea