DRUMMOND: O POETA QUE ESPIA EXPIANDO.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/3198 |
Resumo: | O texto poético de Carlos Drummond de Andrade é revelador do tema espiaexpiando, demonstração da verdade poética por si mesma, num prisma dialéticoesteticista, com um método e reflexões dedutivas ao consubstanciar os procedimentos metafísicos, filosóficos, poéticos, nos quais o próprio autor é tema e objeto, e a sua obra, uma verdadeira antropologia drummoniana. O objetivo principal, neste trabalho é a tentativa de demonstrar que o eu lírico do poeta encontra-se em estado de expiação, sofrimento, por ter espiado, olhado o mundo exterior, vivendo um estado de desassossego, no tempo e no espaço, o que possibilitará como alívio desse estado de desencanto, o retorno - memorialismo poético ao ponto de partida, Itabira que desde o primeiro poema, publicado em 1930, no livro Alguma Poesia é retomada na lembrança como fonte de amabilidade preservada metaforicamente, comportando assim, como o filho pródigo da poesia brasileira. O contato com o texto poético drummondiano surpreende e prende quem o busca, não somente pelo prazer estético, mas pela aguda reflexão que toma o leitor e o faz partícipe desse drama existencial a se libertar na poesia, se alimentar da transcendência, das metáforas. O objeto é a palavra corporificada no poema, como verbo salvador. Toma-se como suporte para esta pesquisa, as reflexões de pensadores e críticos literários como Michel Foucault, Octavio Paz, Gaston Bachelard, Gilberto Mendonça Teles, Affonso Romano de Sant Anna, entre outros. Enfocar o embate da alma prisioneira, impotente diante da realidade que a ameaça, mas que se revela no poema, transformando-o em arma libertária, solidária, possibilitando o recolher-se para as fontes da emoção, que é maior que o estágio de sofrimento, para a magia, encantamento da arte e da linguagem que salva como água purificadora vinda do eu lírico, da transcendência metafórica para outra realidade povoada pelo reino das palavras que passa a ser o carisma do poeta. |