Poder político e educação na história do Brasil –império e primeira república

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Luiz Felipe Cândido de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4454
Resumo: A relação entre o poder político e a educação pode passar desapercebida para grande parte das pessoas, e por vezes essa relação é propositalmente acobertada tornando obscura esta proximidade. Esta pesquisa pretende demonstrar que as finalidades e os objetivos da educação foram determinadas em instâncias políticas durante todo o período do Império até a Primeira República, que utilizou dela como ferramenta de manutenção do poder político e econômico das elites, em detrimento do povo. O objetivo geral é analisar as razões pelas quais não foi implementado no Brasil, uma rede nacional de educação no período em análise, e especificamente, compreender como se manifesta o poder político em sua relação com a educação; analisar e demonstrar as formas como a educação foi utilizadas em todos os períodos analisados, como ferramenta de exercício e manutenção do poder político e econômico. O método empregado para execução da pesquisa foi o bibliográfico, com uma abordagem dedutiva, e o método de procedimento histórico. São utilizadas as considerações sobre o poder e a educação realizadas por Foucault, que demonstra o uso da escola para a finalidade de modificar ou criar um novo contexto social, a produção dos “corpos dóceis”, utilizando-se de uma tática panóptica das forças e dos corpos, através da disseminação da disciplina, que cumpre a função dentro da maquinaria do capital, afim de suprir as demandas da sociedade disciplinar em sua forma anatomopolítica, na qual as relações de poder são distribuídas de forma multidirecional em escala infinitesimal, de forma “microfísica”, e não somente de cima para baixo. Como resultado, pretende-se demonstrar que a ausência de uma rede de ensino, organizada nacionalmente, não decorreu uma vez que as exigências econômicas, laborais, culturais, e a concepção de vida apolítica da maior parte dos brasileiros, não gerou uma demanda por educação, o que veio a ocorrer somente no final do período da República Velha. Pretendeu-se refutar a afirmação de maior parte da bibliografia sobre a educação no Brasil, de que o processo de implementação de uma rede de ensino à nível nacional decorreu do processo de industrialização, e sim de uma variedade de fatores como a mobilização da sociedade civil, o processo de urbanização, o êxodo rural, e a necessidade cada vez maior da prestação de serviços especializados nos centros urbanos.