Educação superior pública contemporânea: a "terceira idade" como um novo sujeito educativo na Universidade Estadual de Goiás - UEG
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4526 |
Resumo: | Esta investigação integra-se ao DP CNPq-PROPE/PUC Goiás Educação, História, Memória e Culturas em diferentes espaços sociais. Propõe compreender, na configuração da educação superior pública contemporânea, a emergência de um novo sujeito educativo não encontrado nas orientações normativas: universitários da "Terceira Idade", numa formação voltada para jovens na faixa etária de 18 a 24 anos. O locus das reflexões teórico-empíricas foi a Universidade Estadual de Goiás UEG (2000-2018). A questão orientadora ou indagação fundamental consiste em compreender o universo das razões que possam explicar a emergência deste novo sujeito educativo, os egressos(as) da Terceira Idade, em diferentes modalidades de formação universitária. Como objetivo geral, esta tese busca revelar quais as razões que levaram estes sujeitos educativos, as(os) egressas(os) /diplomadas(os), a uma formação universitária na UEG depois dos 60 anos. Já os objetivos específicos são: 1) Quais as contribuições teórico-conceituais acerca do protagonismo da Terceira Idade nos vários campos, com foco nas formações universitárias; 2) Qual o movimento histórico-social da expansão e diversificação da educação superior brasileira nas gestões presidenciais de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; 3) Quais os traços histórico-sociais da UEG com destaque para o seu processo de interiorização? 4) Como se configurou a presença de universitárias/os da Terceira Idade na UEG (2000-2018) expressa pelo movimento de vagas, demandas, aprovações, matrículas e diplomação? Reconhecida pela revisão bibliográfica como assunto novo e pouco pesquisado no Brasil, esta investigação tem um caráter crítico-exploratório e de natureza qualitativa, recorrendo aos procedimentos bibliográficos, estatísticos e narrativos apreendidos dos registros oficiais da UEG, revisão bibliográfica e realização de entrevistas. A escolha de investigar as/os egressas/os justifica-se pela busca da trajetória acadêmica, do ingresso à diplomação. Foram então selecionadas/os 15 egressos da Terceira Idade, segundo os critérios de terem sido formados pelas unidades universitárias e cursos de graduação que se apresentavam em maior número. Para a análise dos questionários e construção das narrativas, utilizou-se a metodologia da sociologia compreensiva de Pierre Bourdieu. Como conclusões desta investigação, têm-se as seguintes questões: características do perfil do sujeito da Terceira Idade e egressas/os da UEG a partir dos 60 anos; as emergências crescentes de matrículas de idosos na UEG; as razões apontadas pelas/os egressas/os em buscar outra ou uma primeira formação universitária a partir dos 60 anos de vida e trabalho, sinalizando os motivos principais que influenciaram essa trajetória; e o que a instituição possui como desafio para se constituir e se consolidar como uma universidade conforme prevê a legislação e as normatizações no atendimento a esse público específico. A pesquisa consolida a necessidade de mudanças nas universidades acerca do atendimento a esses sujeitos que, na sua relação cotidiana, têm a possibilidade de ser um sujeito atuante e produtivo numa sociedade mais justa e igualitária. Sujeito este, da Terceira Idade, com uma participação ativa de direitos e deveres, numa discussão que vislumbre a eliminação de preconceitos e discriminações que ainda estão presentes nas suas sociabilidades. A pesquisa desvela também a emergência de um Novo Sujeito Educativo-Terceira Idade que anseia pela valorização e produtividade no seio da sociedade |