A VERDADE DOS AUTOS VERSUS A VERDADE REAL NA JUSTIÇA CRIMINAL.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Juliano Barreto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2672
Resumo: O texto apresenta as diferenças entre a verdade dos fatos e a verdade que resta escrita nos autos do processo criminal após a persecução penal, indicando que esta não corresponde fielmente àquela, sendo uma refiguração, contaminada por interpretações de inúmeros atores, um discurso historiográfico reducionista que nega os discursos discrepantes e a complexidade do fato criminoso. Estuda a razão jurídica, lastreada na tópica-retórica e no juízo prudencial, demonstrando sua fragilidade, justificadora de inúmeros erros judiciários. Com foco disciplinar na Análise do Discurso, coteja também conceitos e teorias da Historiografia, da Psicologia, da Linguística e da Publicidade para tratar, sob ângulo novo, tema já muito discutido do ponto de vista estritamente jurídico. Com esta óptica diversa, demonstra os incontáveis interferentes que atuam na formação das versões que vão registradas nos autos, destacando o quanto podem (os interferentes) afastá-los (os autos) da verdade real. Trata, essencialmente, da justiça obtida a partir da verdade que se consegue produzir no processo e que será, conforme comprova, sempre mais ou menos diferente dos fatos como exatamente ocorridos. Provada esta parte, é analisado o grau de aceitação deste modelo pelos jurisdicionados.