As bodas de Caná (João 2,1-11): o 'vinho novo' como reconstrutor das relações de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paula, Josymara Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4536
Resumo: Este trabalho visa analisar a perícope das núpcias de Caná da Galiléia, mais conhecida como 'bodas de Caná' (Jo 2,1-11). A pesquisa se deu também em conhecer um pouco o contexto histórico do casamento judaico. Visto que, a cultura patriarcal estabelecia maiores direitos e deveres aos homens que às mulheres. O objetivo é buscar a exemplo de Maria, mãe de Jesus nas núpcias de Caná, seu protagonismo que incentiva Jesus transformar a água em vinho, e através da hermenêutica feminista bíblica reconstruir textos androcêntricos e patriarcais na busca de reconstruir uma nova forma do 'Sagrado', consequentemente, uma nova forma de relacionamento entre o homem e a mulher. Diante disto, menciono o protagonismo de mulheres através da hermenêutica feminista em outros textos bíblicos do Evangelho de João tais como: Jo 2,1-11;4,1,42;11,1-46;12,1-12;20,1-18, e também de homens e mulheres em outros textos do Novo Testamento, para que as mulheres sejam visibilizadas, reconhecidas e valorizadas, desconstruindo para assim reconstruir seus papéis juntamente com os homens. Ademais, busco através de índices de pesquisas recentes relatar o aumento da violência doméstica no Brasil em tempos de pandemia do COVID-19, o que faz perceber que ao invés dos casamentos serem lugares paz e de gerar vida, têm se transformado em lugares de violência e até de mortes. Diante desta realidade menciono autores (as) que tratam do conceito sobre a Lei Maria da Penha como um direito da mulher e sobre seu cumprimento, e que ainda falta muito para ser cumprida em meio a uma sociedade androcêntrica e patriarcal, em que as mulheres continuam lutando para serem reconhecidos seus direitos. Contudo, através do conceito de gênero, busco denunciar através de filósofos (as), teólogos (as), sociólogos (as), o papel de homens e mulheres como um construto social que alimenta o patriarcado ainda vigente em pleno século XXI, mas também que contribuem para uma reconstrução do gênero tanto feminino quanto masculino. E finalizo com a contribuição da hermenêutica feminista como referencial teórico base através de Maria e Jesus, como meio de trazer o 'vinho novo' das núpcias de Caná para ressignificar os relacionamentos ainda hoje no século XXI