Efeitos de contingências aversivas sobre o comportamento de mentir: Sinais e detecção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Castro Quinta, Nicolau Chaud de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2008
Resumo: Como subdomínio do estudo da mentira, a detecção de mentiras trata da investigação de variáveis que controlam alterações no comportamento de emissores enquanto contam mentiras (sinais de mentira) e das condições sob as quais detectores são capazes de identificar corretamente tais alterações. O presente trabalho investigou o efeito da punição do mentir sobre os sinais de mentira e avaliou o julgamento de detectores a respeito das falas destes emissores. No Estudo 1, dez estudantes universitários assumiram o papel de vendedores em uma simulação de loja de aparelhos celulares usados e deveriam convencer clientes (confederados) a comprar os aparelhos. Em algumas das tentativas, deveriam vender aparelhos conhecidos (condição verdade) e, em outras, aparelhos desconhecidos (condição mentira) de acordo com treinamento anterior. A punição se configurou pela interpelação por um cliente lesado após a compra de um aparelho vendido na condição mentira. A categorização dos comportamentos destes participantes não apontou diferenças significativas entre falas sinceras e mentirosas e não revelou efeitos da punição. No Estudo 2, 181 participantes realizaram julgamentos sobre as falas dos participantes do primeiro estudo em uma dentre duas condições de detecção. Na condição Detecção Direta, fizeram julgamentos dicotômicos avaliando cada fala como verdade ou mentira. Na condição Detecção Indireta, avaliaram o comportamento dos vendedores em três escalas. Os dados do Estudo 2 mostraram que detectores foram capazes de distinguir entre verdades e mentiras nas duas condições, embora não tenham julgado diferencialmente falas anteriores e posteriores à punição. Os resultados foram discutidos considerando-se questões metodológicas na criação de um cenário para investigação do comportamento de mentir, e levantou-se a necessidade de ajustes na configuração do evento punitivo para o estabelecimento mais claro de relações entre contingências aversivas e sinais de mentira.