IMINÊNCIAS POÉTICAS: MANOEL DE BARROS E ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO POR UMA POÉTICA DA RECOMPOSIÇÃO DE INUTILIDADES E DO ACRIANÇAMENTO.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fernandes, Janice Aparecida de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3226
Resumo: A pesquisa, Iminências poéticas: Manoel de Barros e Arthur Bispo do Rosário por uma poética da recomposição de inutilidades e do acriançamento viabilizada com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), desenvolveu-se a partir da observação sobre fenômenos artísticos da pósmodernidade, como o caso de poéticas construídas a partir do que seria descartado como apoético ou como lixo. Assim, a presente proposta caracteriza-se como pesquisa exploratória de caráter bibliográfico e fenomenológico. Os autores que formam o corpus da pesquisa são Manoel de Barros e Arthur Bispo do Rosário, o primeiro poeta e o segundo, artista plástico. Em ambos, observou-se a construção de suas poéticas por um viés de desconstrução da arte como elemento clássico e também da ressignificação que os autores operaram em palavras e matéria-prima pela via da recomposição de inutilidades. Embora haja similaridades entre os autores pesquisados, há de se considerar também o que os distancia, nesse caso, sua condição existencial. Manoel de Barros simulou um eu poético totalmente acriançado que se deslumbra frente às possibilidades semânticas de uma palavra e para isso cria seu próprio idioma, seu manoelês, marcado por arquissemas. Poeta pantaneiro que desnaturaliza o Pantanal, por meio da poética de recomposição de inutilidades, cria uma obra em que a linguagem é o grande tema, a grande personagem. Arthur Bispo do Rosário, esquizofrênico, à margem da sociedade de consumo, inventaria o mundo, a mando de Deus, a partir de um surto psicótico, para entregá-lo ao próprio Ser Divino. A Teopoética é a sustentação de sua obra, uma obra catalogada como um inventário do mundo.