Alteridades invisibilizadas: culturas infantis Iny Karajá na escola urbana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Suelene Maria dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4554
Resumo: O presente trabalho, inscrito na linha de pesquisa Educação, Sociedade e Cultura objetivou apreender elementos constitutivos da alteridade da criança Iny Karajá e suas culturas infantis no espaço da escola urbana. Constitui objeto de estudo desta pesquisa as culturas infantis e sua relação com a construção da alteridade. Esta investigação tem como referência crítica os processos de exclusão e inclusão gerados no processo de sociabilidade entre índios e não índios na escola. Portanto, procurou elucidar o problema de pesquisa a partir da seguinte questão central: Que elementos da escola urbana se interpõem como processos que contribuem/dificultam a construção das culturas infantis e alteridade da criança Iny Karajá? Um ponto a ser ressaltado é a compreensão do objeto a partir das proposições interdisciplinares à luz dos Estudos da Criança. Após exaustivo estudo do estado do conhecimento sobre o tema, foram analisadas teses e dissertações publicadas no portal da Capes nos últimos cinco anos, a fim de mapear as produções realizadas no Brasil acerca da criança e da infância indígena em contexto urbano. Após este mapeamento, iniciou-se a pesquisa bibliográfica com estudos teóricos sobre a temática e, em seguida, a pesquisa de campo na escola urbana à qual recebe crianças indígenas da etnia Iny Karajá. E, por fim, passou-se a análise dos dados coletados a partir dos fundamentos da teoria crítica e da abordagem materialista histórica dialética baseada nos nexos constitutivos na história, nas contradições de classe, na atividade humana, no movimento. Os resultados deste estudo indicaram a ausência de protagonismo infantil da criança indígena Iny Karajá durante as brincadeiras entre pares no âmbito da escola urbana, bem com a ausência de políticas educacionais e gestão escolar que considere as especificidades culturais dessas crianças. Esta criança não aparece no cenário escolar como ator social capaz de produzir e reproduzir cultura devido à invisibilização dada pela escola para estas crianças. Portanto, considera-se que a ausência da apreensão da cultura indígena e sua desvalorização são aspectos que contribuíram para invisibilizar as crianças indígenas e preterir sua voz