Quem tem medo do lobo mau?: inquietações e medos sobre o trabalho do homem na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ramos, Clemerson Elder Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4553
Resumo: O presente trabalho, inscrito na linha de pesquisa Educação, Sociedade e Cultura, do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC Goiás, tem por objetivo o estudo sobre a presença e o trabalho do homem na Educação Infantil. Toma como ponto de partida as tensões e dilemas do trabalho de professores e auxiliares de atividades educativas nos Centros Municipais de Educação Infantil de Goiânia e Aparecida de Goiânia. As categorias de estudo deste trabalho partiram da compreensão de trabalho, do trabalho docente, do gênero e da infância. A partir dos pressupostos do Materialismo Histórico Dialético, essas categorias permearam a análise dos dados de forma a conceber os fenômenos da natureza e seu método de estudá-los dialeticamente por meio da historicidade e da contradição. Sendo assim, as categorias de análise que emergiram dos resultados do trabalho foram: trabalho, preconceito, estranhamento, medo e não lugar. Construídas à luz de uma sociedade de classe e marginalizadora, buscou-se compreender a dinâmica daquilo que é objetivo (condições de trabalho) e subjetivo (ideologias) presentes na vida social a partir da dialética inclusão x exclusão. Além das contribuições de um estudo crítico para a compreensão das categorias de estudo Marx (1985, 2010), outros autores foram fundamentais para elucidar o debate do tema da docência masculina à luz da igualdade de gênero no campo da Educação Infantil: Carvalho (1999), Carvalho (2011), Freire (1996), Faria et al. (2011) Gomes (2013), Louro (1999, 2001, 2007 e 2008), Malaguzzi (2016), Martins Filho (2018, 2020), Pereira (2016), Pincinato (2007), Priori (2018), Sayão (2005), Silva (2014), Sousa (2015); dentre outros. A base metodológica deste estudo fundamentou-se em uma abordagem de pesquisa qualitativa, a fim de dar vez e voz aos homens da/na Educação Infantil. Todavia, como toda voz é polifônica, outros sujeitos (gestores e famílias) foram também ouvidos, pois estão diretamente envolvidos com o cuidado e com a educação das crianças nas instituições públicas em que esses profissionais atuam. Sendo assim, os resultados desta pesquisa partiram do entrecruzamento de duas fontes: de um questionário online que obteve a resposta de 54 profissionais homens na Educação Infantil e de entrevistas com 18 sujeitos (06 gestores, 06 pais e 06 profissionais). As entrevistas foram realizadas depois do encerramento do questionário de pesquisa, e os 18 profissionais que participaram das entrevistas também se prontificaram a responder o questionário. Os resultados encaminham para reflexões que envolvem estereótipos, discriminação, julgamento de valores, medo e desvalorização social do lugar ocupado por esses homens e seu trabalho na Educação Infantil. Outrossim, foram essas reflexões que subsidiaram a construção das categorias: trabalho, preconceito, estranhamento, medo e não lugar