A VIVÊNCIA DA INTERNAÇÃO EMERGENCIAL NA PERSPECTIVA DE FAMILIARES DE PESSOAS COM POLITRAUMATISMO.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Magalhães, Adriana Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3016
Resumo: O serviço médico de emergência é considerado um ambiente estressante para os profissionais, pacientes e familiares, relacionados ao cenário e a gravidade dos pacientes que estão sendo atendidos. Neste ambiente encontramos os familiares buscando ser inseridos neste contexto e no processo de cuidado. Objetivou-se compreender a vivência do atendimento e internação emergencial na perspectiva dos familiares de pessoas com politraumatismos. Trata-se de estudo qualitativo baseado no método da teoria fundamentada em dados descrita por Charmaz (2009). A coleta dos dados ocorreu em um hospital público no interior do estado de Mato Grosso no período de outubro a novembro. A amostragem teórica constituiu-se de oito familiares que vivenciaram o atendimento e internação emergencial as vítimas com politraumatismos. Para tratamento dos dados utilizou-se das estratégias descritas por Charmaz (2009), foi realizado uma construção de códigos abertos e analíticos a partir dos dados encontrados, possibilitando assim a organização e a explicação dos significados, resultando no desenvolvimento de um modelo teórico a respeito da vivência da situação pelo familiar. Das categorias, surgiram conceitos mais amplos denominados eixos temáticos, que possibilitaram a elaboração de dois artigos que atenderam os objetivos da dissertação e colaborando com os resultados finais. Os dados mostraram que não só a situação emergencial, mas também o funcionamento do serviço de saúde tem um impacto notório sobre a vida do familiar. Esse funcionamento influência a capacidade do familiar de atuar ativamente nos processos relacionados a questões de tomada de decisão. Indicaram que o familiar é um agente ativo importante, porém insuficientemente reconhecido no processo de atendimento e na organização de cuidados no serviço de saúde, onde o mesmo enfrenta obstáculos internos e externos durante todo o processo de atendimento e internação emergencial, este cenário e o atendimento vivenciado pelos familiares causam impactos não só na vida da pessoa socorrida, mas também de seus familiares, que acabam presenciando todos os acontecimentos, estando diretamente expostas as notícias e situações muitas vezes não experienciadas em sua vida e ainda conseguem mobilizar recursos de enfrentamentos psicológicos. Considera-se que a partir de um olhar mais ampliado buscando perceber como os familiares vivenciam o atendimento, é possível vislumbrar melhorias frente ao acolhimento e humanização repercutindo de forma satisfatória no planejamento e cuidado dispensado, visando inseri-los nas tomadas de decisões, orienta-los, acompanha-los e instrumentaliza-los no acompanhamento e ajuda ao paciente, colaborando com o bem-estar dos envolvidos nesse processo.