Psicopatia e Vitimização em Autores de Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Teixeira, Julia Nunes de Souza
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
• Palavras-chave em Português: PCL-R, psicopatia, JVQ, vitimização, autor de violência sexual; PCL-R, psychopathy, JVQ, victimization, sex offender; CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3993

A presente dissertação de mestrado está organizada em dois artigos que têm como objetivo compreender os traços de psicopatia em autores de violência sexual contra crianças e adolescentes (AVS), assim como a relação desses traços com a vivência de vitimização ao longo da vida. O primeiro artigo tem como objetivo explorar e sintetizar o conhecimento produzido sobre o uso do Psychopathy Checklist-Revised - PCL-R em autores de violência sexual. Foi encontrado um total de 19 artigos por meio dos quais foi possível constatar que o PCL-R, na maioria dos casos, pode ser considerado um instrumento útil e válido para avaliar a psicopatia em AVS nos contextos culturais em que o instrumento foi aplicado, bem como para prever a reincidência criminal nessa amostra específica. O segundo artigo trata de um estudo empírico, cujo objetivo principal foi investigar os traços de personalidade de AVS por meio do PCL-R e as vitimizações sofridas por eles por meio do Juvenile Victimization Questionnaire - JVQ. Participaram do estudo 30 AVS, voluntários, do sexo masculino, cumprindo pena em regime fechado em uma penitenciária do estado de Goiás, que foram subdivididos em dois grupos: G1 AVS considerados psicopatas (PCL-R³ 30 pontos) e o G2 (AVS não considerados psicopatas (PCL-R< 30). Os resultados indicaram que 33,3% da amostra preenchiam os critérios para psicopatia (pontuação > 30 no PCL-R). Os resultados mostraram diferenças significativas entre os grupos: quanto mais jovem o AVS maior foi a pontuação no PCL-R; quanto mais elevada a pontuação no PCL-R, maior a variedade de crimes cometidos, maior o número de vítimas, mais fugas e rebeliões, maior o número de processos que respondiam e maior o tempo total de pena. Os resultados apontaram também correlação positiva entre a pontuação no PCL-R e maus tratos para o G1, revelando que quanto maior a pontuação no PCL-R, maior o número de vitimizações sofridas no crivo maus tratos.