RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS NO MUNICÍPIO DE JATAÍ: com a palavra, os cuidadores em saúde.
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1870 |
Resumo: | No Brasil, a luta pela desinstitucionalização de doentes mentais graves e sua reintegração à comunidade iniciou-se com a Reforma Psiquiátrica e a Reforma Sanitária, na década de 1970, e intensificou-se na década de 1980. Mas foi só em 1988, com criação do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem como princípios norteadores a universalidade, a integralidade e a equidade, que se criou a legislação e programas para todas as esferas da saúde pública. Posteriormente, o SUS criou, organizou e regulamentou programas de desinstitucionalização, como: De Volta para Casa; Programa de Reestruturação dos Hospitais Psiquiátricos e o Serviço Residencial Terapêutico (SRT). O presente trabalho incidiu sobre um destes serviços criados pelo SUS, o Serviço Residencial Terapêutico (SRT), por compreender que este é um dispositivo essencial na consolidação do processo da desinstitucionalização do tratamento de pessoas portadoras de transtornos mentais. A fundação deste dispositivo se deu com o objetivo de substituir os leitos moradias (de longa permanência) nos hospitais psiquiátricos e, posteriormente, passou a acolher usuários dos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) que, de alguma forma, estavam sem possibilidades de morar com suas famílias. E especificamente dentro dos SRTs, o estudo focalizou os cuidadores, por entender que estes profissionais estão presentes nas diversas situações do dia a dia na casa e lidam diretamente com pessoas que estiveram muito tempo no âmbito da exclusão e da cronificação manicomial. Portanto, seu trabalho é fundamental no processo de desinstitucionalização. O presente estudo teve como objetivo, ao abordar o dispositivo RT, conhecer o impacto da Reforma Psiquiátrica e do processo de desinstitucionalização no município de Jataí. Para tanto, buscou-se conhecer os cuidadores das Residências Terapêuticas e o seu trabalho. Pesquisou-se os três SRTs que foram criados em 2006, no município de Jataí. Foi feito um estudo de caso, de caráter descritivo e exploratório. Participaram do estudo os cuidadores das três Residências Terapêuticas do município, além da psicóloga responsável pela equipe. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e observação participante; os dados foram submetidos à Análise Fenomenológica Interpretativa (AFI). A partir da análise e interpretação das entrevistas transcritas, foi construída uma classe temática de Vivências nas Residências . Nela, foram agrupados três eixos de discussão que se interligam e se entrelaçam, sendo eles: as vivências com o trabalho; as vivências com os moradores e as vivências com a rede de apoio. As principais considerações finais abordaram a necessidade de instrumentalização, capacitação, escuta e criação de espaços de supervisão que permitam dar suporte ao trabalho dos cuidadores. |