VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR E A NECESSIDADE DA CULTURA DE PAZ: um estudo a partir da realidade do 9º ano de uma escola estadual em Luziânia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Purificação, Marcelo Máximo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
God
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/762
Resumo: Este trabalho de pesquisa tem como foco central a violência no espaço escolar. O objetivo geral foi analisar, na ótica dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental de uma escola estadual em Luziânia, Goiás, as relações estabelecidas no ambiente escolar entre os alunos e entre professores e alunos, mapeando quais fatores propiciam conflitos nas relações interpessoais. A abordagem metodológica foi de cunho qualitativo, mediante, sobretudo, instrumentos de observação sistemática, análise documental, questionários e entrevistas semiestruturadas, com o objetivo de colher dados junto a alunos, professores e demais profissionais do corpo técnico- administrativo da escola. A análise dos dados utilizou como aporte teórico autores como Arendt (1994), Bourdieu (2001), Abramovay (1999), Charlot (1999), dentre outros. O diálogo constante entre os dados encontrados no campo de pesquisa e as ideias dos estudiosos do assunto permitiu o conhecimento e a compreensão da violência na unidade escolar. Os principais resultados apontam que a violência na escola promove entre os alunos o desinteresse pelos estudos e insegurança, e entre os professores a perda de estímulo pelo trabalho e medo. Os atores não percebem a escola como um ambiente de mediação de conflitos. Apontam-se como proposta para a constituição de escola cidadã a formação dos professores e o desenvolvimento de uma cultura da paz que trabalhe os valores sociais e humanos, a ética, a solidariedade, o respeito aos direitos humanos. Por isso, foi fundamental voltar à reflexão para as concepções de ser humano como protagonista principal desses comportamentos de violência, de paz, amor e entendimento. Para fundamentar as concepções acima utilizou-se nesse trabalho, vários teóricos, no entanto, tivemos como norteadores René Girard e Pierre Bourdieu. O desejo e a violência são traços fundamentais do pensamento giardiano, pois o desejo, é segundo o autor o objeto que motiva o conflito e esse, dá lugar ao desenvolvimento da violência. Já Bourdieu, foi importante, no sentido de nortear o diálogo e fazer entender a escola como um espaço promotor de violência simbólica. Conclui-se, que o Sagrado, pode ser estudado e discutido em outros ambientes fora das religiões, como a exemplo da escola, e que sua representatividade, subjetivamente falando, pode ajudar na reflexão de que tanto a paz como a violência são processos construídos a partir das relações entre seres (des)humanos, podendo, então, serem ensinados e/ou aprendidos. Nessa direção, é fundamental (re)pensarmos as ações que devem ser construídas diariamente dentro das unidades escolares.