CONTANDO HISTÓRIAS NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1275 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo compreender o sentido dos discursos dos professores sobre a contação de histórias na escola e como essa atividade tem sido significada em suas práticas. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semidirigidas com professores de escolas municipais de Goiânia. O grupo de dezoito professores entrevistados realizou o curso de contadores de histórias oferecido pela Secretaria Municipal de Educação. Essa pesquisa utiliza o dispositivo teórico Análise de Discurso (AD) da escola francesa, para apreender os sentidos das palavras, dos sujeitos da pesquisa os professores, considerando as condições de produção nas quais os discursos foram construídos. Além da AD, como fundamentação do objeto de estudo, apropriamos de teóricos que nos possibilitaram discutir conceitos: em Arendt (2002), tradição e cultura; em Benjamin (1994), tradição, narrativa e narrador; em Bettelheim (1980), análise dos contos de fadas, e teóricos da literatura infantil contemporânea: Coelho (2000), Perrotti (1986), Lajollo (1989), Turchi e Silva (2002), Yunes (1989) entre outros. Em Debord (2002) tomamos o conceito de espetáculo, que permitiu a reflexão sobre a apropriação do discurso do espetáculo na atividade de contar histórias. Quanto aos objetivos, as análises mostraram que a maioria dos professores entrevistados apresentou uma formação discursiva ligada à memória, à significação das lembranças da infância, de um passado vivido e reconstruído agora em suas práticas pedagógicas. Sobre o discurso pedagogizante da literatura foi possível perceber que apenas uma pequena parte dos professores se inscreve nessa formação discursiva e ainda assim não é a formação dominante em suas práticas. A análise das entrevistas apontou que o discurso pedagógico sobre a contação de histórias não possui características espetaculares, embora apareça, mas em menor proporção. A formação ideológica e discursiva da maioria dos professores pesquisados está relacionada à importância dada por esses à contação de histórias como lugar da palavra na valorização da tradição, dos costumes, do conhecimento e da experiência adquiridos pelas gerações passadas. |