Nível de atividade física e rastreio de sintomas de depressão, ansiedade e estresse em adolescentes da rede estadual de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Marcos Paulo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas, Famacêuticas e Biomédicas::Curso de Biomedicina
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4618
Resumo: A adolescência é caracterizada por um período entre a infância e a fase adulta e neste período a prática de atividade física, que é qualquer movimento corporal que resulte em um gasto energético acima do nível de repouso, traz vários benefícios para a saúde do adolescente. Entretanto a falta de atividade física acaba provocando um desequilíbrio no corpo e pode estar associada a respostas não adaptativas como os transtornos mentais como a depressão, ansiedade e estresse. Por isso, torna-se necessário a investigação do nível de atividade física e o rastreio da saúde mental dos estudantes adolescentes. O objetivo deste estudo foi avaliar a prática de atividade física habitual e sintomas de depressão, ansiedade e estresse de adolescentes de escolas públicas em tempo integral e parcial. Estudo transversal analítico com amostrado tipo aleatória estratificada e estimada em 516 estudantes, destes 277 de escola de tempo parcial e 239 de tempo integral. Os instrumentos utilizados foram o questionário sociodemográfico, questionário internacional de atividade física e a escala de depressão, ansiedade e estresse em adolescentes. Foram utilizados como descrição dos dados apresentados médias e desvio-padrão. Quanto as variáveis categóricas o teste de qui-quadrado e/ou teste exato de Fisher foram utilizados, enquanto adotou-se o teste General Linear Model (GLM) univariado para comparação entre as variáveis contínuas.O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Apenas 4,3% da amostra são considerados adolescentes ativos com base nos critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde, com pior desempenho dos alunos de escolas de tempo integral (98,3% inativos). Os alunos das escolas de tempo integral afirmaram ficar mais tempo sentados em relação aos alunos das escolas de tempo parcial (10,15±2,80 vs 9,08±3,48 horas, p<0,001). Quando comparados os parâmetros da atividade física como frequência semanal e duração do esforço, os alunos das escolas de tempo integral praticam ainda menos atividade física do que os alunos das escolas de tempo parcial (7,54±5,00 vs 8,40±4,82). O rastreio de sintomas de ansiedade e estresse entre os estudantes adolescentes foi perceptivo em 18% (43) dos alunos das escolas de tempo integral em comparação aos alunos de tempo parcial 10% (29) (p=0,05). Já os aspectos negativos maiores de depressão em estudantes adolescentes das escolas de tempo integral 13% (31) foi significativo em comparação aos estudantes das escolas de tempo parcial 6,1% (17) (p<0,05). Concluímos que os estudantes adolescentes do sistema público de ensino demonstraram alto índice de inatividade física com base nos critérios da OMS, com maior proporção de inativos nas escolas de período integral. Além disso, estes estudantes vivenciam aspectos negativos de depressão, ansiedade e estresse. Nesse sentido, a compreensão da relação singular entre níveis de atividade física e saúde mental dos estudantes é fundamental para contribuir de maneira decisiva na promoção de saúde pública dos alunos adolescentes.