Crítica e tradução: do discurso ao interdiscurso: a tradução do conto Children of the sea, de Edwidge Danticat

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Soares, Daniel Aldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3284
Resumo: Este texto se propõe a apresentar a tradução, como crítica, do conto Children of the Sea , de Edwidge Danticat. Assim, torna-se indispensável discutir questões teóricas como a questão da tradução como discurso ou como interdiscurso . A discussão teórica da presente pesquisa foi levantada a partir da prática tradutória que, em contrapartida, uma vez suscitada a teoria, exigiu uma discussão sobre a prática tradutória. Para chegar a esse debate, faz-se necessário um estudo sobre a autora do conto que, tal como as personagens de sua história, vive uma situação de ambiguidade quanto ao sentimento de pertencer a dois mundos e não sentir ser totalmente de um ou de outro. Em Children of the Sea , esse sentimento bifurcado se realiza nas pessoas dos narradores: a jovem que permanece no Haiti, como a representação, no exilado, do sentimento de se pertencer à terra de origem; enquanto o outro, o jovem que deixa o Haiti, torna-se, no exilado, a representação do sentimento de não conseguir pertencer completamente à terra de chegada, ficando sempre perdido no mar, num caminho desorientador entre o passado (terra natal) e o presente (nova terra). Esse estudo inicia-se com a apresentação das principais teorias da tradução, desde os romanos até a contemporaneidade, e prossegue com a análise comparativa das traduções do conto do inglês para o francês, feita por Nicole Tisserand (1996) e do inglês para o espanhol, feita por Marcelo Cohen (1999). Numa última instância, as discussões sobre a prática de traduzir se realizam; a tradução do conto do inglês para a língua portuguesa apresentada nesse estudo permitiu fazer uma reflexão a respeito do exercício tradutório de literatura, gerador de uma tensão entre língua e cultura, ao exigir do tradutor que decida entre manter as escolhas linguísticas do autor ou desconsiderá-las, o que levou à reflexão sobre a condição daquele que luta entre culturas e procura definir um novo espaço para si, respeitando a língua do outro ao mesmo tempo em que procura a não-anulação da sua.