POSSIBILIDADES DE CONHECER A DEUS: A CONSCIÊNCIA EXISTENCIAL SARTREANA E A SAPIENCIAL COELETIANA.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/772 |
Resumo: | Esta tese visa articular o existencialismo sartreano em interface com o pensamento bíblico do Eclesiastes; em seu cerne se discute a possibilidade de o homem conhecer a Deus. O primeiro capítulo explora o pensamento de Sartre com base nos textos filosóficos de 1943 a 1946. Em concomitância com as teorias de Feuerbach, Marx, Nietzsche e Freud e com os principais conceitos da fenomenologia em Husserl se sinaliza a relação Deus, homem e consciência. Nesse intento se constrói um conceito de consciência existencial em Sartre em que aponte o ser, Deus, em sua essência, jamais em existência. A proposta é defender o fenômeno Deus sob um pensar ateu e como o homem O percebe de forma diversificada no mundo. O segundo capítulo se ocupa do Eclesiastes, também chamado de Coélet, referenciado no pensamento de Sartre, subsidiado por biblistas e comentadores que se concentram na relação homem, Deus e mundo, como Ravasi (1993) e Vílchez Líndez (1999). Expõem- se as questões sobre o livro do Eclesiastes, desde a sua autoria à canonicidade e os seus modos de se relacionar com o ser de Deus no mundo; ser este que sempre se manifesta ao homem por iniciativa do próprio homem. O terceiro capítulo se desenvolve ao encontro entre as duas literaturas filosóficas e bíblicas; esforços são concentrados em prol da reconstrução conceitual dos temas que dizem respeito ao mundo da vida do homem. Deus é considerado um fenômeno à consciência do homem; esta discussão só é possível quando se promovem diálogos entre Sartre e Coélet sem enquadrá-los em determinismos epistemológicos, mas sim em posturas fenomenológicas. É visto, portanto, que é o homem quem escolhe como existenciar ou sapienciar o fenômeno perceptível no mundo; esta escolha se dá mediante o lançar da própria consciência no mundo. Ver-se-á que os argumentos são construídos para a defesa da hipótese de que só o homem é quem decide conhecer a Deus, porque é quem O nomeia à maneira de usufruí-Lo em meio às situações da existência, e em porção. O homem é o único ser em existência capaz de conhecer a Deus, o ser em essência. |