Educação tecnológica e empregabilidade: revelações de egressos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fernandes, Juliana Cristina da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/688
Resumo: A Educação Profissional e Tecnológica no Brasil, marcada pelo signo da divisão entre trabalho manual e intelectual, remonta ao início do século XX, com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices. Esse século de existência foi marcado por avanços e retrocessos, lutas e esperanças para efetivá-la como educação integral. Nas duas últimas décadas, políticas públicas, em especial, as decorrentes da LDBEN/1996, trouxeram novos estímulos a esta modalidade de formação humana e profissional, ampliando o número de instituições, cursos e turnos, enfim, a perspectiva de efetivação da tão reivindicada ampliação e democratização do acesso e diplomação. Os Cursos Tecnológicos ganharam centralidade nos processos de expansão e muitos discursos apontam para garantias de empregabilidade. Mas, em que termos? Esta tese, integrada à Linha de Pesquisa Educação, Sociedade e Cultura, propôs-se a interrogar quais mediações são estabelecidas entre a formação tecnológica e a empregabilidade, reveladas pelos egressos do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IF Goiano Câmpus Urutaí, concebido com ênfase na noção de competências, exigidas para responder às condições mercadológicas para atuação profissional do Tecnólogo. A empregabilidade de fato se efetivou? Para responder esta questão, optou-se por privilegiar as vozes dos egressos, ingressantes de 2003 a 2008, 108 diplomados dos quais 65 aceitaram participar da pesquisa. As reflexões realizadas foram aportadas, teoricamente, em documentos oficiais e pesquisadores como Antunes (2005), Cunha (1977, 2000), Ciavatta (2005), Frigotto (1999, 2001, 2003, 2005, 2006, 2009, 2010), Kuenzer (2005, 2010), Manfredi (2002), Ramos (2011), Saviani (2005) dentre outros. No delineamento da pesquisa de matriz metodológica qualitativa e quantitativa, foram definidos os seguintes procedimentos para a base empírica: análise de documentos oficiais (nacionais e institucionais), entrevistas (01 Coordenador de Curso, 04 Gestores e 02 Servidores) e questionário (Egressos). Dados secundários foram fornecidos pela Secretaria de Ensino Superior da Instituição, locus da pesquisa. As revelações dos egressos, a propósito da empregabilidade, comprovaram que o otimismo mercadológico da garantia de emprego, nem sempre é efetivado. Dos 60,19% (65) egressos, constatou-se que 93,84% (61) estão no mercado de trabalho, o que, a princípio, revelou alta empregabilidade. No entanto, os dados apresentados denunciaram que dos 61 egressos que declararam estar no mercado de trabalho, somente 29,51% (18) estão exercendo atividades precípuas à sua área de formação. Desta forma, na realidade, as promessas mercadológicas veiculadas pelas políticas públicas não foram cumpridas no Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do IF Goiano Câmpus Urutaí.