A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO SOB O SIGNO DO MITO EM LIRISMO RURAL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Hidasi, Iracema Maria da Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4125
Resumo: O crítico literário enfrenta o desafio de eternizar a obra poética. Uma proposta para tal iniciativa é analisar as relações tecidas entre a literatura poética e o meio ambiente, numa perspectiva da teoria ecocrítica, observando, sobretudo, as relações do homem consigo mesmo e com a natureza. O interesse na ecocritica justifica-se, devido à mudança de perspectiva das investigações do homocentrismo para o ecocentrismo, fazendo, assim, com que o foco principal da atenção seja efetivamente a obra e suas relações com o objeto representado. Nesse contexto, analisamos ecocriticamente a obra Lirismo Rural, de Gilberto Mendonça Teles, conectando-a ao Cerrado brasileiro, na perspectiva de revelar seus mitos poéticos, a essência criadora do imaginário da humanidade. Dessa forma, observamos nos poemas dessa obra, que a produção poética se revela preocupada com os problemas ecológicos-evolutivos que afligem a humanidade, em virtude das agressões humanas a que tem sido submetido o Cerrado no decorrer das últimas décadas, em face da corrida pelo desenvolvimento econômico sem o devido planejamento sustentável. Sem culpar a natureza ou mesmo a humanidade pelos desastres ambientais, o poeta atribui ao homem a responsabilidade pela vida no Cerrado. Lirismo Rural apresenta características únicas, na visão prioritariamente egocêntrica do poeta. Sem construir ou mesmo expressar juízo de valor, a obra constrói e reconstrói os mitos poéticos que o povo cerradeiro utiliza para desvendar, ensinar e aprender sobre o funcionamento ecológico-evolutivo e sociocultural desse bioma. Dessa forma, a obra é eternizada na realidade do Cerrado e esse é eternizado nos mitos poéticos construtores do imaginário coletivo presente na obra, o que a torna fundamental no processo de construção humana para conservar e preservar esse bioma brasileiro.