A PÓS-GRADUAÇÃO COMO CENÁRIO SOCIAL DE CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Ataídes, Cláudia Barrozo de Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1833
Resumo: Esta pesquisa investiga a pós-graduação apresentando-a como cenário social de constituição de subjetividades. A partir de indicadores produzidos em encontros mensais com nove mestrandos, realizados entre os meses de março de 2004 e maio de 2005, a subjetividade social, categoria criada por González Rey (2003) e as forças sociopsicológicas, em especial a sociometria, categoria proposta por Moreno (1992), são exploradas com o intuito de ampliar a reflexão sobre os processos sociais subjetivos que estruturam as ações e inter-relações na academia, constituem os mestrandos e moldam suas escritas. A subjetividade social refere-se à existência de um contexto social de subjetivação que constitui o sujeito e é constituído por ele em processo dinâmico e recíproco. A análise sociométrica auxilia na investigação de processos complexos relacionados a escolhas, aceitações, rejeições, mútuas ou não, que configuram uma realidade social não aparente e muitas vezes em dissonância com a verdade oficial sobre as relações. No decorrer desta pesquisa delinearam-se três cenários de análise: a sala de aula de mestrado, a dupla de orientação e a vida privada dos mestrandos. Os resultados da presente pesquisa apontam para a necessidade de reflexão sobre as formas não-oficiais de como a diversidade teórico-metodológica é vivenciada na pós-graduação. Na análise questiona-se com qual sujeito se compromete a sociedade acadêmica: de um lado está o sujeito autônomo, reflexivo e capaz de conviver e dialogar com a diversidade; de outro, está o sujeito aderente , passivo, envolvido em situações de subordinação e comprometido com o diálogo entre iguais, num exercício de auto-confirmação. Os resultados obtidos também enfatizam a necessidade de se repensar os parâmetros que regulamentam a prática da orientação na pós-graduação.