Formação de doutores para a Saúde Coletiva: representações de orientadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sarubbi Junior, Vicente
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-18072017-110825/
Resumo: A orientação na pós-graduação é um espaço de fundamental importância para a introjeção de valores, estilos e cultura acadêmica, em que o doutorando está em processo de formação para ser docente que formará futuros professores e pesquisadores. Em sua particularidade, para a formação de doutores, a pós-graduação tem o compromisso de formar profissionais críticos e capacitados a exercerem com bom desempenho as atividades presentes na agenda acadêmica da docência, pesquisa e extensão. O docente, enquanto orientador, é o responsável pelo acolhimento e a tutoria teórica e prática em toda a trajetória de seu orientando. O presente estudo tem por objetivo analisar as representações de orientadores sobre suas vivências e atribuições sobre a orientação de doutorandos em programas de pós-graduação na área de Saúde Coletiva. O referencial adotado foi a Teoria das Representações Sociais em articulação com autores da Educação e da Saúde. O estudo abrangeu onze programas de pós-graduação com notas cinco, seis e sete (CAPES) da Área de Saúde Coletiva. Foram realizados sorteios com reposição e entrevistados quarenta e cinco docentes com o uso de um roteiro semiestruturado. As entrevistas foram gravadas e o conteúdo das falas foi transcrito na íntegra e submetido à análise temático-categorial com o suporte dos softwares NVIVO11 e IRAMUTEQ que gerou um quadro temático para análise das categorias e árvores máximas de similitude. Com a análise de conteúdo foi possível identificar 34 unidades de significação que formaram nove categorias temáticas distribuídas em três campos de discussão: vivências e atribuições de orientar doutorandos na Saúde Coletiva, contribuições da orientação para a formação de doutores e o compromisso de formar doutores para a Saúde Coletiva. Não houve diferenças ou dissonâncias significativas sobre os temas abordados sobre a orientação nos programas notas cinco, seis e sete (CAPES). Os orientadores se mostram sensibilizados ao relevante compromisso de formar doutores preparados para exercer as atividades de ensino e pesquisa voltadas ao desenvolvimento científico de um campo multiparadigmático e interdisciplinar, entretanto, não abordam com clareza quais são as estratégias pedagógicas que adotam para construir um caminho comum e de mutua vivência sobre os processos que envolvem a formação. As representações partilhadas pelos docentes salientam que a formação didática do professor é pouco privilegiada como cultura de formação acadêmica, ficando a cargo de cada orientador valorar ou não a sua importância. Não há partilhas, como procedimento de discussão e aprendizado entre os orientadores, sobre situações conflitantes e/ou bem-sucedidas no processo de orientar, visando instigar atitudes pedagógicas favoráveis e mais resolutivas à orientação. Mostra-se relevante a realização de novos estudos para o avanço de estratégias de ensino-aprendizagem que deem suporte ao processo de orientação na pós-graduação