Condições de experimentação inferencial para investigação dos eventos privados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Silva, André Vasconcelos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Católica de Goiás
Departamento de Psicologia
Brasil
UCG
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3868
Resumo: Skinner em 1945 estabeleceu condições para se investigar os eventos privados. Na tentativa de se verificar a eficácia de procedimentos e experimentações que estabelecem correlações dos eventos privados com respostas verbais e dispor condições de uso do termo evento privado, realizou-se dois experimentos. O Experimento 1, objetivou verificar a correlação dos relatos verbais públicos indicativos dos eventos privados, Resposta de Informação, com comportamentos públicos: Descrição das Contingências e Resolução do Problema. Participaram do experimento oito alunos universitários sem história experimental que foram submetidos a três fases experimentais: Linha de base, Treino e Extinção. Na fase de Treino os participantes foram distribuídos em duas condições que disponibilizavam diferentes possibilidades de descrição das contingências: a) condição Grupo Relato a Cada Sim e b) condição Grupo Relato ao Final. Nas fases Linha de base e Extinção registrou-se as respostas de descrição das contingências e de resolução do problema e, na fase Treino, adicionou-se o registro das respostas indicativas dos eventos privados. Observou-se que as Respostas de Informação correlacionavam-se às Respostas de Descrição, porém não foi possível detectar correlação com as Respostas de Resolução. Não foi possível inferir neste experimento quais os eventos privados participaram da cadeia comportamental, devido a impossibilidade de se verificar correlações. O Experimento 2 objetivou verificar o efeito de contingências prévias de reforçamento sobre a correlação existente entre as Respostas de Informação e os comportamentos de descrição e resolução. Participaram cinco alunos universitários sem experiência prévia em experimentos de condicionamento operante. Os participantes foram expostos a duas sessões: a Sessão 1, que estabeleceu correlação entre Respostas de Descrição da contingência e as Respostas de Resolução; e a Sessão 2, semelhante ao Experimento 1, incluindo na distribuição dos participantes nas condições de relato. A Sessão 1 diferiu da Sessão 2 basicamente nas contingências, em que na Sessão 1 os estímulos discriminativos utilizados foram letras e na Sessão 2 foram palavras. Os resultados permitem observar que as respostas de informações correlacionaram-se à descrição e resolução da Sessão 1, quando os participantes não estavam sob o controle da contingência da Sessão 2, e posteriormente passaram a se correlacionar às contingências da Sessão 2, quando ficaram sob controle destas mesmas contingências. Isso para condição do Grupo Relato a Cada Sim. Para a condição Relato ao Final se inferiu acerca da relação de comparação estabelecida entre os desempenhos de Descrição e Resolução dos participantes de ambas as condições. Com isso, os experimentos possibilitaram inferir sob quais condições podem-se detectar correlação entre eventos observáveis e os eventos privados.