POLIMORFISMO DO GENE TP53 EM SARCOMAS DE PARTES MOLES NO ADULTO
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Genética |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2412 |
Resumo: | Os sarcomas de partes moles (SPM) são tumores de origem mesodérmica, representando cerca de 1% do total das neoplasias em adultos. O polimorfismo do códon 72 do gene TP53 é extensivamente estudado por causar impacto na seqüência codificadora do gene, além de estar associado ao maior risco para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Este polimorfismo resulta na expressão de arginina (p53Arg) e/ou prolina (p53Pro) na posição 72 da proteína p53. As formas polimórficas de TP53, em relação ao polimorfismo do códon 72, apresentam propriedades bioquímicas e biológicas diferentes, e por esta razão, vários estudos foram conduzidos na tentativa de associar tais formas polimórficas como fator de risco e prognóstico para inúmeras neoplasias. Entretanto, a literatura não relata nenhum estudo que associe este polimorfismo aos sarcomas de partes moles do adulto. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o polimorfismo p53Arg/Pro como potencial fator de risco e/ou prognóstico em 100 casos de SPMs em adultos atendidos no Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás. O grupo controle incluiu 85 indivíduos saudáveis selecionados aleatoriamente da população da cidade de Goiânia. As amostras dos casos constituíram de tecidos fixados em formol e incluídos em parafina e, para a extração de DNA, os tecidos foram previamente desparafinizados. A extração de DNA do grupo controle foi realizada a partir de sangue periférico. Para a genotipagem do polimorfismo, a reação em cadeia da polimerase (PCR) foi realizada utilizando conjuntos de primers específicos para cada variante polimórfica. Após a análise dos dados obtidos, verificou-se que as freqüências alélicas e genotípicas não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os casos e os controles. Nosso estudo corrobora com as evidências de que o alelo p53Arg é o mais comum em populações latinoamericanas. Entretanto, os dados sobre as freqüências gênicas e genotípicas da literatura mundial são conflitantes, fato que pode ser atribuído às diferenças étnicas descritas entre as populações estudadas. Nenhuma relação estatisticamente significativa foi encontrada entre o polimorfismo do códon 72 de TP53 e as características clínico-patológicas estudadas, como sexo, idade agrupada, localização, histologia, tamanho e grau histológico tumoral, estadiamento e presença de mestástases. A sobrevida global em cinco anos para o grupo estudado foi de 48,1%. As análises de sobrevida em relação ao polimorfismo de TP53 revelaram que os pacientes cujos tumores apresentaram o genótipo p53Pro/Pro tiveram sobrevida inferior (30%), quando comparados ao grupo de pacientes com os genótipos p53Arg/Arg (45%) e p53Arg/Pro (54,9%). Entretanto, essa diferença não foi estatisticamente significativa (p = 0,444). Sabese que a isoforma p53Arg apresenta função apoptótica mais marcante. Esta característica pode conferir ao paciente um melhor prognóstico da doença. No presente trabalho, contudo, não pudemos verificar que esta variante esteve associada a um prognóstico mais favorável em pacientes adultos com SPMs. |