Vulnerabilidade à infecção pelo vírus hiv dos privados de liberdade do sistema penitenciário goiano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Martins, Camila Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2953
Resumo: A população privada de liberdade é considerada vulnerável ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) por cinco motivos. Eles são: as condições de confinamento, o comportamento individual de risco, a marginalização social, o baixo nível socioeconômico e a baixa escolaridade. Para identificar a prevalência do vírus HIV e os principais fatores sociodemográficos e comportamentais que corroboram para o aumento da vulnerabilidade dessas pessoas, foram pesquisados 270 detentos da população prisional masculina do Sistema Penitenciário Goiano de um universo de 1,323. A primeira etapa consistiu na coleta de sangue para exames laboratoriais bem como levantamentos sociodemográfico e de comportamento de risco. Na segunda etapa, foram realizadas entrevistas por saturação de informações com os detentos selecionados segundo idade, tempo de reclusão e resultados sorológicos. A maioria da população estudada é constituída predominantemente por adultos jovens com idade entre 21 e 30 anos. Em geral, são casados/amasiados que não completaram o Ensino Fundamental; recebiam em média um salário mínimo mensalmente antes da prisão. Dos testados, foi encontrada uma ocorrência de 4,1% de detentos com anticorpos anti-HIV. Em relação aos fatores de risco para infecção pelo vírus HIV, 68,5% declararam já ter feito uso de drogas ilícitas e apenas 21,8% usam preservativo em todas as relações sexuais. Os dados confirmam a elevada vulnerabilidade da população prisional do Sistema Penitenciário Goiano ao vírus HIV. Esta vulnerabilidade alta é igual ou proporcional a encontrada em outros estados brasileiros e em outros países. Os achados ressaltam a necessidade de estabelecer programas e políticas de prevenção que levem em consideração os fatores individuais e sociais que tornam o homem recluso vulnerável a essa infecção.