RELAÇÕES INTERSEMIÓTICAS ENTRE LITERATURA E ARTES PLÁSTICAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Alex Sandra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3914
Resumo: Esta pesquisa aborda relações intersemióticas entre literatura e artes plásticas, cujo fio condutor é o processo de metamorfose (ou desreferencialização) no trabalho de arte, bem como a potência geradora de sentidos resultante de tal processo. Assim, este trabalho objetiva articular relações homológicas estruturais entre sistemas semióticos distintos (literários e plásticos) de modo a gerar a mútua iluminação entre eles. Busca apresentar caminhos de compreensão da obra de arte por meio da explicitação de conjunções de raízes ao estabelecer homologias estruturais quanto ao processo de criação. Em síntese, o trabalho objetiva penetrar nas minudências das linguagens (verbal e visual) a fim de revelá-las nos seus procedimentos construtivos e significativos. Para isso, este trabalho fundamentou-se em intensa pesquisa bibliográfica e perscrutação das obras analisadas. Dentre elas, priorizaram-se dois pares de obras a fim de estabelecer um diálogo entre literatura e pintura: a novela A Metamorfose, de Franz Kafka, e o quadro O Antropomórfico Gabinete, de Salvador Dalí; o romance Aquele mundo de Vasabarros, de José J. Veiga, e a obra plástica A Trincheira, de Otto Dix. Disso, infere-se, portanto, que as obras de arte literárias e plásticas, sobretudo da modernidade, assemelham-se, mais intensamente, quanto ao processo de criação, ou melhor dizendo, quanto ao processo de Metamorfose (desreferencialização) no trabalho de arte, responsável por criar novos e mais sentidos. Portanto, estilhaços de signos unem-se para gerar uma forma nova, metamorfoseada em signo complexo, cujos fundamentos assentam-se nos procedimentos de desrealização, desautomatização, singularização e estranhamento, muito comuns às artes desreferencializadas da modernidade.