TRADUÇÃO, TRANSCRIAÇÃO E FEMINISMO NEGRO EM ALICE WALKER

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bastos, Camila Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3710
Resumo: A presente pesquisa investiga as diferentes formas da tradução nas narrativas de Alice Walker, analisando o processo de tradução interlinguística e cultural das obras A Cor Púrpura e O Templo Dos Meus Familiares, assim como a tradução intersemiótica do livro: A Cor Púrpura. A escolha do objeto de análise baseou-se no anseio de averiguar a escrita de denúncia de Walker, que busca subverter a posição da mulher como ser dominado, por intermédio de uma perspectiva “womanist”, realizada por meio do feminismo negro. No primeiro capítulo é possível constatar marcas da literatura pós-colonial, pois as narrativas ficcionalizam questões como: identidade, sexismo, racismo, misoginia, exploração da natureza, memória e mito, descolonizando a narrativa, por meio de uma atitude contrahegemônica, que investiga culturas indígenas e africanas, assim como os hibridismos culturais que originam personagens mestiços, sujeitos do entrelugar. O segundo capítulo averigua a tradução interlinguística e por último, o terceiro analisa a tradução intersemiótica do romance A Cor Púrpura para o cinema. Para isso, recorre-se a teóricos que estudam o feminismo negro, as teorias da tradução e a literatura pós-colonial tais como Bonnici (2002), Spivak (2000), Bakhtin (2009), Velasco (2012), Bhabha (2002), Said (1995), Canclini (1990), Walsh (2008), Beauvoir (1969), Hooks (2000), Butler (1990), Newmark (1987), Octavio Paz (1971), Campos (1986), Bazin (1991), Stam (2000), Diniz (2005), et al. Com isso, constata-se que houve a domesticação da tradução interlinguística do inglês para o português e para o espanhol, uma vez que os tradutores não conseguiram traduzir a variedade não padrão dos negros do sul dos Estados Unidos para as respectivas línguas. Em relação à transcriação fílmica, Steven Spielberg busca ser fiel ao romance, adaptando para o filme questões como o feminismo negro, a fidelidade entre Celie e Nettie, a relação homoafetiva entre Celie e Shug Avery e o empoderamento da personagem Celie.