A relação saúde-doença e a sexualidade na vida presbiteral
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/5146 |
Resumo: | A sexualidade é um tema cuja discussão, embora ressonante em diversos âmbitos da sociedade, ainda encontra dificuldades para um verdadeiro diálogo. No ambiente clerical, a discussão torna-se mais restrita, visto que na formação dos presbíteros o assunto da sexualidade é tratado a partir da perspectiva da instituição celibatária. Em nossos dias, observam-se índices elevados de doenças sobretudo de caráter psicoafetivo entre os padres, e suspeitamos que algumas dessas formas de adoecimento podem estar relacionadas com a questão do discurso/silenciamento da sexualidade. A pesquisa empírica, de abordagem qualitativa, contou com a participação de dezesseis sacerdotes católicos diocesanos pertencentes à Província Eclesiástica de Uberaba (MG), que compreende as dioceses de Uberaba, Uberlândia, Patos de Minas e Ituiutaba. A análise dos dados deu-se pela relação entre as ideias temáticas, as falas dos participantes, os conceitos dos autores e as inferências do pesquisador. A teoria frankliana chama-nos à vontade de sentido e a uma espiritualidade que remete o homem às escolhas, mais que a uma busca incessante de um equilíbrio constantemente confundido com controle. Foucault atesta que, na época moderna, ocorrera não o silenciamento mas uma incitação a falar do sexo, entretanto como algo associado ao pecado e ao misterioso, o que provocou o distanciamento do ser do homem com sua própria sexualidade. Após a análise dos dados empíricos à luz das Ciências da religião, constatamos que é possível estabelecer relações entre a saúde-doença e as formas com que a sexualidade é veiculada e vivenciada na vida presbiteral. As impressões relatadas pelos participantes podem configurar reais situações de bem-estar e integração dessas categorias mas também deslocamentos na vida e missão pastoral na tentativa de abafar e ocultar o acolhimento da sexualidade tida como um mal. Os presbíteros anseiam pela fala sobre o assunto, mas ainda encontram muitas resistências e medos seja nas esferas da instituição e também no trato pessoal e entre os pares, com relações muito frágeis principalmente quando envolvem as esferas do poder. Esses resultados nos apontam para caminhos a serem percorridos no intuito de incentivar a abertura da discussão da sexualidade no ambiente clerical, através de novas alternativas que promovam a valorização da acolhida das fragilidades e a cultura da confiança presbiteral |