Trajetórias formativas de mulheres contempladas pelo PHIS em Anápolis-GO (2009-2014), na luta pela casa própria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Faria, Edilamar Rodrigues de Jesus e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Pedagogia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4745
Resumo: Este trabalho se vincula ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, na linha de pesquisa: Educação, Sociedade e Cultura. Tem aderência ao grupo de pesquisa 'Juventude e Educação', cadastrado no CNPq e se integra ao projeto de pesquisa intitulado: Diversidade Cultural e Educação - Juventudes, Participação Política, Organizações e Movimentos Sociais no Século XXI. O objetivo geral está focado em compreender os processos formativos e a relação entre Educação e o protagonismo feminino presente nas lutas sociais por moradia nos bairros do SHIS, considerando aspectos socioculturais, a valorização das mulheres chefes de família e líderes de bairros, a partir do lugar social que ocupam. Parte-se do seguinte problema de pesquisa: qual a trajetória de um grupo de mulheres na luta por acesso aos direitos sociais, dentre eles a moradia e a Educação? O trabalho concentrou-se na análise do discurso e da prática que possuem na vivência de situação de vulnerabilidade, a partir de sua saída do meio rural, ainda na infância, na busca pela inserção na cidade industrializada, hoje com seus filhos. Orientou-se, teoricamente, em Henri Lefebvre, Pierre Bourdieu, Michelle Perrot, Hannah Arendt e Marília Pontes Spósito, sobre o acesso aos direitos sociais como objeto de luta por agentes que vivem seu cotidiano em busca de libertação de uma realidade social opressora por subsistência e Educação para seus filhos. O palco dessas lutas é o bairro, parcela de acesso ao espaço urbano. Partiu-se do pressuposto do direito à moradia nas sociedades modernas como parte central do direito à cidade fundamentado em Lefebvre (2001), o qual defende que todos deveriam ter acesso à vida urbana como representação do espaço vivido, percebido, imaginado e concebido como parte da vida cotidiana. A pesquisa de cunho qualitativo recorreu a documentos relativos à realidade de inclusão/exclusão social de famílias lideradas por mulheres nos bairros do SHIS de Anápolis, no cenário Educacional tendo como base a posse da habitação para dar sequência à luta por demais direitos sociais. Metodologicamente orientou-se pela História Oral e Análise de conteúdo de Bardin (2001) na realização e análises das entrevistas, sendo que 30 agentes responderam ao questionário sociocultural e destas, 10 participantes foram entrevistadas, numa equivalência quantitativa ao número de residenciais entregues pelo programa no período de 2009-2014, na cidade. As considerações finais demonstraram a importância da luta cotidiana das mulheres chefes de família e líderes de associação de bairro no enfrentamento da situação de vulnerabilidade, na criação de sua família e pelo acesso à moradia, educação e manutenção da vida. Demonstra ainda que a instituição escolar, na perspectiva dessas mulheres, não tem garantido um conjunto de conhecimentos que proporcionem a essas agentes a inserção propositiva na disputa social, na construção do direito de viver dignamente com sua família, na cidade e no bairro em que residem e que, os próprios movimentos sociais relativos à luta pela casa própria não têm proporcionado uma formação crítica a partir de sua práxis