O ensino e o aprendizado da ética no contexto capitalista contemporâneo segundo a perspectiva da teoria histórico-cultural

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Santos, Fernando Emídio dos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás; Escola de Formação de Professores e Humanidades; Brasil; PUC Goiás; Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação
• Palavras-chave em Português: Etica; Vygotsky, Lev Semenovich; Educação; Ethic; Education; Ciências Humanas
• Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4809

A presente dissertação trata das dificuldades de se constituir um sujeito ético na atualidade. Através de uma pesquisa bibliográfica multidisciplinar, baseada em conceitos relativos à filosofia e à educação, foi possível identificar diversos problemas no ensino e aprendizado da Ética por parte dos sujeitos que estão inseridos na sociedade ocidental contemporânea. Contudo, apesar dos obstáculos constatados, a pesquisa também destaca a relevância da escola neste processo constitutivo humano. Com suporte na teoria histórico-cultural, os ensinamentos de Vygotsky e seus seguidores permitiram costurar uma linha de raciocínio que vincula a educação, a ética, e a cultura. Neste sentido, é possível estabelecer que o sistema de valores e princípios culturais de uma sociedade são, ao mesmo tempo, influenciados e influenciadores na formação ética de cada indivíduo. Essa dinâmica funciona como um sistema constituidor do sujeito, o qual vai internalizando os valores morais e regras sociais na medida em que o contato com elas ocorre por meio de outros sujeitos. As conclusões do trabalho demonstram que a formação do pensamento ético está intimamente ligada ao meio em que o indivíduo está inserido. A constituição do raciocínio em termos éticos perpassa um processo complexo, onde ideias de coletividade e humanidade são imprescindíveis. Contudo, dentro da perspectiva contemporânea, os princípios, valores e racionalização predominantes desvirtuam a forma de pensar ética. A perspectiva do sujeito altera-se, partindo de pressupostos individualistas em detrimento de uma racionalidade coletiva. Neste contexto, a escola (como instituição) detém papel essencial como instrumento de transformação desta realidade