TRAUMA, DESAMPARO E SOFRIMENTO PSÍQUICO NA ENFERMARIA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1887 |
Resumo: | O presente estudo partiu de minha experiência como psicóloga na enfermaria de ortopedia e traumatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HCUUFU). Nesta dissertação, busca-se responder à questão Quais as implicações do trauma físico sobre o psiquismo do sujeito? Foi realizada uma investigação na literatura psicanalítica de Sigmund Freud sobre trauma psíquico, repetição, desamparo e pulsão de morte. Também, tratou-se do trauma na especificidade do campo médico, assim como sua pertinência na clínica contemporânea psicanalítica. Em termos de elaborações, foi apresentada a questão da dor e do corpo para a pintora mexicana Frida Kahlo e a narrativa de três encontros com três personagens cujo corpo foi palco para o trauma físico e o trauma psíquico em fragmentos clínicos recortados da história de Amanda, Maria e João. Os objetivos desta pesquisa são: delimitar o conceito de trauma no campo psicanalítico freudiano; diferenciar o conceito psicanalítico de trauma com o conceito médico de trauma; estabelecer a relação entre trauma, repetição, pulsão, desamparo e sofrimento psíquico; analisar fragmentos clínicos como recortes das narrativas de vida de três pacientes; discutir acerca da escuta psicanalítica como um possível recurso terapêutico na enfermaria hospitalar de politraumatismos. De modo geral, chegou-se às seguintes considerações finais: o trauma físico e sua relação com trauma psíquico se sustenta na lógica inconsciente à serviço pulsão de morte que impõe a reedição do desamparo inicial; o trauma físico inscreve cicatrizes narcísicas no psiquismos, abrindo uma fenda onde é possível o advento do desejo e, por conseguinte, a possibilidade de que o sujeito direcione sua vida para além do episódio traumático; e, finalizando, é preciso que se coloque em discussão o lugar do psicanalista em uma instituição hospitalar que, ao se propor à escuta do singular de um sujeito do inconsciente, instaura uma tensão entre o discurso médico e o discurso psicanalítico. |