SUBJETIVIDADE E MANIFESTAÇÕES CORPORAIS: O CASO DA PROFESSORA UNIVERSITÁRIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Zacharias, Denizye Aleksandra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3857
Resumo: Objetivando compreender o processo em que as mulheres deixam de utilizar os recursos psicológicos internos, passando a apresentar sintomas corporais, a presente dissertação estuda as professoras da Universidade Católica de Goiás com manifestações de estresse devido às condições atuais de trabalho. Utilizando-se de entrevistas semi-estruturadas com cinco professoras foi possível construir a categoria família/sexualidade que permitiu evidenciar na mulher o sentimento de culpa mediante a jornada dupla de trabalho e uma insatisfação com relação à atividade sexual. Assim, a partir destes indicadores, emerge a subjetividade feminina masoquista moral caracterizada pelo desejo da mulher de se fazer útil e necessária na relação com o seu cônjuge. A categoria trabalho/alienação foi construída mediada pela relação trabalho e saúde, que retrata o fenômeno psicossomático estresse como uma manifestação corporal de um mal estar que as mulheres vivenciam no bojo de sua subjetividade feminina masoquista moral constituída, adequada às condições de produção capitalista que, para se manter, requer a subordinação. Conclui-se, portanto, que a partir de uma educação repressora com ícones mantenedores de uma chancela institucional, as mulheres encontram-se em uma cisão introjetada, em que o estresse deixa de ser foro íntimo das particularidades individuais, constituindo-se em decorrência dos interesses econômico, social e cultural, mediatizados pelo modo de produção capitalista, inscrito no corpo das professoras: ciclo da reificação corporal.