(IM)POSSIBILIDADES DA CONSTRUÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO EMANCIPADORA EM CURSOS TECNOLÓGICOS: uma abordagem a partir de dois cursos localizados em Goiânia e Anápolis.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1220 |
Resumo: | A pesquisa (IM)Possibilidades da construção de uma educação emancipadora em cursos tecnológicos: uma abordagem a partir de dois cursos localizados em Goiânia e Anápolis teve como objetivo geral diagnosticar a realidade de dois cursos superiores de tecnologia em suas dimensões mercadológica e emancipadora. Seus objetivos específicos foram: buscar subsídios teóricos à discussão das relações educação e trabalho e suas conseqüências para a educação profissional; traçar um histórico da educação profissional do Brasil Colônia aos dias atuais (2006); analisar a proposta dos cursos superiores de tecnologia na atualidade, contrapondo-a à concepção de politecnia; identificar as percepções de estudantes, docentes e coordenadores sobre os cursos tecnológicos. O tema foi escolhido com base na experiência do autor como professor em cursos de bacharelado e tecnológico. Partiu-se da seguinte questão norteadora: de que modo os cursos superiores de tecnologia podem promover uma educação profissional emancipadora? Tendo como hipótese que os cursos superiores de tecnologia promoverão uma educação profissional emancipadora se integrarem ao processo educativo as dimensões do trabalho concreto, da ciência e da cultura. A pesquisa se sustentou em teóricos como Marx (1996), para esclarecer a diferença entre trabalho concreto e abstrato; Enguita (1989), que desenvolve a concepção de escola como local de adestramento do trabalhador; Anderson (1994), Bianchetti (1997), Frigotto (2001) e Azevedo (1997), servem de base para expor a influência do neoliberalismo sobre as políticas educacionais brasileiras; Manfredi (2002), Vieira (2003), Kuenzer (2005), entre outros, para mostrar a dualidade resultante de uma estrutura social polarizada e seus reflexos nas políticas educacionais brasileiras; Marx e Engels (1978), Marx (1996), Lima Filho (2003), Santos (2005a), (2005b) e (2005c), entre outros, a fim de desenvolver os conceitos de emancipação humana, politecnia e educação integral. Este estudo se desenvolveu com base na pesquisa qualitativa, pois tal abordagem se mostrou ser a mais adequada na investigação do objeto. Recorreu-se à pesquisa bibliográfica, à pesquisa documental e pesquisa campo, tendo esta um universo composto por estudantes, docentes e coordenadores, sendo um do curso de Gestão de Recursos Humanos - Anápolis e outro do curso de Gestão de Negócios - Goiânia. A amostra foi extraída aleatoriamente, tomando cerca de 10% a 20% do universo, e, no caso dos coordenadores, 100% do universo. Para a coleta de informações dos sujeitos foram realizadas entrevistas individuais ou a entrega de questionário com perguntas abertas, a ser devolvido posteriormente. Os dados foram trabalhados pela análise de conteúdo, com a categorização a partir das informações obtidas. Os resultados apontaram para uma concepção de educação profissional reducionista, que toma o mercado de trabalho como parâmetro. Os estudantes procuram formação rápida e barata. Os docentes são jovens e percebem os cursos como sendo rápidos, voltados para a competitividade e a individualidade. Os coordenadores mostraram-se ora entusiasmados, ora decepcionados com o formato dos cursos tecnológicos, mas são unânimes em apontá-los como focados no saber fazer . Ainda assim, a pesquisa demonstrou que é possível retomar a discussão sobre a educação profissional voltada para a politecnia como alternativa ao atual modelo. |