INSTITUIÇÃO E PODER: visões do interior de uma penitenciária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Teixeira, Jônatas Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2057
Resumo: O presente trabalho investiga os processos de constituição, estruturação, organização e manutenção do poder entre indivíduos mantidos em regime fechado no interior de uma penitenciária no Estado de Goiás. Para tanto, privilegia a análise dos processos psicossociais implicados na estruturação dos mecanismos de poder no contexto carcerário. Para desenvolver essa investigação foi realizada uma pesquisa exploratória com procedimentos predominantemente qualitativos, como entrevistas e observações, complementados de pesquisa documental. Foram entrevistados informalmente gestores, agentes e funcionários administrativos. Com cinco sujeitos, mantidos em regime fechado. foram realizadas entrevistas semi-estruturadas a partir de um roteiro previamente testado e elaborado com base em categorias intencionadas a apreender mediações do processo de constituição e estruturação do poder. A análise das entrevistas, observações e documentos permitem concluir que o processo de constituição e estruturação do poder no interior da penitenciária é multi determinado, se processa muitas vezes de modo oculto nas relações estabelecidas entre internos e apresenta-se prioritariamente como algo natural e necessário. O poder se estrutura tanto sobre recursos internos, fundamentando-se em características individuais de cada interno no contexto institucional; quanto de recursos externos, mais vinculados à estrutura administrativa e funcional da penitenciária que reproduz uma lógica de constituição de poder muito próxima daquela que é desenvolvida pelos internos. Dessa forma, não se pode falar em poder, único e exclusivo, mas em micro poderes, aos quais todos estão submetidos e que são exercidos constante e ininterruptamente, adquirindo características próprias de acordo com a dinâmica da organização da vida dentro da penitenciária.