Ações de Saúde em áreas impactadas pós desastres ambientais: O caso de Teresópolis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Danielle Perdigão Oliveira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde
BR
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2931
Resumo: Localizada no topo da Serra dos Órgãos, Teresópolis está implantada em uma área de relevo acidentado recoberto pela Mata Atlântica, onde os solos são mais instáveis e mais propensos a deslizamentos. Outros fatores presentes importantes são a perda da biodiversidade devido a fragmentação dos ambientes, a poluição da água e do solo e o modelo predatório de ocupação da terra. Em decorrência de sua demografia e de sua degradação, num curto intervalo de tempo, em função da acelerada urbanização, Teresópolis tornou-se palco de episódios catastróficos, expondo sua população a condições de vulnerabilidade. O episódio, que aqui destacamos, ocorreu na madrugada do dia 12 de janeiro de 2011. O objetivo geral da pesquisa foi compreender as ações realizadas pelos enfermeiros da Estratégia da Saúde da Família (ESF) na prevenção e promoção da saúde das vitimas da catástrofe ocorrida em Teresópolis em janeiro de 201. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo com enfoque fenomenológico. Com a finalidade de que os sujeitos revelassem sua experiência optamos pela entrevista semiestruturada. Os participantes foram 15 enfermeiros da ESF. As entrevistas foram transcritas na integra. A análise fenomenológica dos discursos levou-nos aos resultados expostos em cinco categorias. As ações dos enfermeiros foram e ainda são permeadas por uma série de barreiras. A superação dos desafios e obstáculos está sendo complicada, longa, colocando a prática em situações complexas expondo a todos a grandes temores humanos. São nessas circunstâncias, que os profissionais em questão assolados por tal violência destrutiva enfrentaram e enfrentam o estresse. Todos foram (são) vítimas, todos tiveram perdas, as famílias, a cidade e sua infra estrutura, os profissionais envolvidos nos atendimentos a essas vítimas. Diante das falas dos sujeitos da pesquisa evidenciamos alguns aspectos importantes que contribuíram para a dificuldade desses atendimentos, como despreparo da equipe e governantes, falta de um planejamento preventivo, que inclua a capacitação das equipes multidisciplinares no que tange a catástrofes ambientais, necessidade da (re)análise dos planejamentos por parte do Poder Público, falta de organização da atenção durante e após a catástrofe, necessidade de desenvolvimento de trabalhos com a comunidade (controle social) e com a academia (docentes/discentes) em relação as lacunas existentes sobre o assunto e a corrupção.