Ações afirmativas e lógica elitista: uma equação possível?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guimarães, Paloma Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Serviço Social
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4727
Resumo: Este estudo tem como objeto o desenvolvimento da política de Ações Afirmativas no ensino superior público federal nos limites da lógica elitista e analisa, de forma particular, a experiência da Universidade Federal de Goiás. No Brasil, a universidade tem como características fundantes a elitização e a exclusão; historicamente se constituiu um espaço de difícil acesso às pessoas não brancas, e/ou de escolas públicas, com deficiência, e de forma ainda mais grave, aos extratos mais empobrecidos da classe trabalhadora. Nas discussões sobre a necessidade de democratização deste espaço, as Ações Afirmativas se apresentaram como uma estratégia de curto e médio prazo na minimização da desigualdade educacional na graduação. Quanto a adesão à proposta constatou-se a existência de dois momentos: o primeiro, marcado pela adesão livre das Universidades e pela utilização de várias formas de ações afirmativas; o segundo, imposto pela Lei n.º 12.711/2012, instituindo a política nacional de cotas na graduação para o ingresso nas Instituições Federais. Este estudo demonstrou que a implantação das Ações Afirmativas na universidade pública brasileira provocou uma mudança significativa, ainda em curso, no perfil social dos graduandos, indicando a eficiência do programa, e a necessidade de sua continuidade como política estruturadora para a democratização do acesso. Também ficou evidente a crescente necessidade de se estender aos níveis imediatos à graduação, e a necessidade de políticas de afirmação após o ingresso, minimizando as desigualdades que interferem na permanência e na diplomação