EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA E ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS DE Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências da Saúde BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências Ambientais e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2906 |
Resumo: | O aumento da resistência bacteriana ocorre em todas as regiões do mundo, principalmente em pacientes graves, internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) e que fazem uso de vários antimicrobianos. A resistência bacteriana dificulta a terapia, prolonga a permanência nas UTIs e aumenta a morbimortalidade. Dentre os microrganismos causadores de infecções em UTIs, destacam-se P. aeruginosa e A. baumannii, gram-negativos de alta incidência em infecções hospitalares e que vêm apresentando aumento da resistência aos antimicrobianos. OBJETIVO: Avaliar os aspectos microbiológicos e a resistência bacteriana em UTIs dos agentes P. aeruginosa e A. baumannii. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, de janeiro de 2007 a dezembro de 2010, sobre o perfil de sensibilidade e P. aeruginosa e de A. baumannii em pacientes de UTIs adulto (clínica e cirúrgica) do HC/UFG, com diagnóstico de infecção hospitalar. Analisou-se a evolução da resistência, consumo de antimicrobianos, mortalidade, topografia das infecções e tempo de permanência nas unidades. Foram catalogados 121 casos. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi 51,2±17,9 anos, sendo 45,45% do sexo masculino e 55,55% do sexo feminino; a média de permanência na UTI foi de 27 dias, comparado com 6,22 dias da população geral da unidade. A taxa de mortalidade foi de 37,19% ante uma taxa de 27,17% da população geral. O principal local de infecção foi a via respiratória com 41,3% seguido pela infecção de corrente sanguínea com 27,27%. A taxa média inicial de resistência bacteriana da P. aeruginosa foi próxima de 50% e A. baumannii foi superior a 80%, não se observando modificações para a P. aeruginosa nesse período. Houve um aumento significativo na resistência para o A. baumannii para amicacina. O consumo de antimicrobianos apresentou aumento dos antimicrobianos amicacina, imipenem e piperacilina-tazobactam nos casos de infecção por P. aeruginosa e imipenem nas infecções por A. baumannii. Não foi encontrada correlação entre a resistência bacteriana e o consumo de antimicrobianos. CONCLUSÃO: A mortalidade e o tempo de permanência foram maiores no grupo em estudo. A corrente sanguínea e o trato respiratório foram os principais sítios de infecção por A. baumannii e P. aeruginosa multirresistentes. O perfil de susceptibilidade revelou que P. aeruginosa e A. baumannii são altamente resistentes aos antimicrobianos testados. Não houve mudanças significativas na evolução da resistência aos antimicrobianos para os antibióticos testados, exceto para a amicacina usada nas infecções por A. baumannii. O consumo de antimicrobianos aumentou para amicacina, imipenem e piperacilina-tazobactam, nos pacientes com infecção por P. aeruginosa e, para A. baumannii o aumento do consumo foi apenas para o imipenem. A relação entre o consumo de antimicrobianos e o aumento da resistência bacteriana não foi identificada. |